I say: ye... ye... yes!

Parece que este ano a cerimónia dos Grammy Awards foi das melhores de sempre, misturando autênticos mitos da música velhotes e até falecidos (como Frank Sinatra em dueto com Alicia Keys e Tina Turner com Beyoncé) com as muito conhecidas promessas da música actual.
Não vi. Confesso que, se cada vez dou menos importância aos Oscars, aos ditos Grammy a minha atenção sempre foi diminuta. Uns quaisquer prémios de música supostamente mundial que acabam sempre por sobrevalorizar o americanismo e o que de fraco por terras de Tio Sam se faz, como se o melhor do ano ali estivesse representado. E, efectivamente, não está. Tal como na sétima arte, a melhor música vem muitas vezes do nosso velhinho continente. Ao menos admitissem que os prémios, mundialmente conhecidos, são para valorizar o que na arte musical ou cinematográfica se faz nos EUA, pois 95% das nomeações a este país pertence. Nomeiam 1 ou 2 estrangeiros (ingleses, pois então) para as principais categorias e já conotam os prémios como mundiais. Depois lá têm umas categoriazitas às quais não se dá grande importância e, pronto, fala-se do maior evento musical ou de cinema.
Festas americanas que, por contingências da globalização, são conotadas como as mais importantes do mundo, num determinado ano.
Pois se, relativamente aos Grammy's, quase sempre discordei dos chamados grandes vencedores do ano, este ano a coisa foi diferente. Uma inglesa de 24 anos, ainda não muito conhecida do outro lado do Atlântico, mas na boca de muitos, foi a "rainha".
Desde o início da noite da 50ª cerimónia dos prémios que Amy Winehouse era a mais esperada, mas já se sabia que, devido a um problema com o passaporte (a embaixada Americana em Londres recusou-se a dar-lhe o visto devido aos muitos problemas da cantora com drogas e quando o fez era tarde demais), a cantora ficou em Londres, actuando via satélite num estúdio intimista, decorado à Cabaret, apenas com amigos e familiares a assistir. Winehouse tornou-se a grande vencedora da noite Grammy’s ao vencer em cinco categorias.
A doida, perturbada, desorientada, aparvalhada, decadente e tudo o mais que lhe costumam chamar, venceu nas categorias de Melhor Canção e Gravação do ano por "Rehab", Melhor Artista Revelação, Melhor Cantora Pop e Melhor Álbum Pop pelo disco "Back to Black", o seu suposto álbum de estreia.
Amy Winehouse, a junkie mais talentosa da pop e R&B actual, cantou muito ao seu estilo (dizem que até se portou muito bem, tendo em conta muitas outras actuações dela em que se esquece da letra, pára de cantar, etc), directamente para os States (que a impediram de entrar no seu território), duas canções via satélite, a partir de Londres. Amy que há dias deu entrada numa clinica de reabilitação para toxicodependentes fez uma pausa para esta actuação e nem queria acreditar que os americanos a estavam a premiar. Na pausa, ironicamente, cantou: "They tried to make me go to rehab... i say: no, no, no!"
Sem coroa, as desejosas "rainhas" americanas e outros tantos "americanóides" lá se devem ter roído de raiva, mas convém recordar-lhes que nem sempre a América é o centro do mundo e que é a música que se deve premiar, não estilos de vida, visuais de barbie, valores e atitudes particulares.
Eu gosto desta Amy. There's something about her unattractiveness that's attractive.



(Amy Winehouse - Grammy Awards 2008)

6 comentários:

TheTalesMaker disse...

Também gosto muito da Amy e o seu "Rehab"
:D

Anónimo disse...

Já havia comentado num post teu anterior que odeio esta tipa. Acho-a asquerosa.
Mas admito que o tema Rehab é muito bom. Mas odeio-a. Detesto gente que adora dar o ar de q é diferente, de q se está a borrifar para tudo.
É verdade que a qualidade musical dela n se deve confundir com a sua vida privada (q n é nada privada pq ela até dá entrevistas drogada e faz culto disso) e até pode merecer os prémios todos mas n gosto nada, nada, nada desta Winehouse, da sua atitude em palco e fora deste.

Anónimo disse...

Gosto das músicas que conheço mas a gaja mete-me um bocado de nojo.
Mas entendo quando dizes que a inatractividade dela tem uma certa atractividade, mas para mim não tem nenhuma. É daquelas pessoas que chama a atenção mas pelos motivos errados, a meu ver.
Tem ar chugoso desagradável.
De qq forma acho completamemnte absurdo o governo americano n a deixar entrar no país. É toxicodependente e está em recuperação e então qual é o problema de entrar ou n num país? Por acaso vai vender droga para lá? Por acaso lá n há toxicodependentes? As sua estadia de 1 ou 2 dias vais prejudicar o país de que forma?
E gostei da chapada na cara aos americanos com a vitória dela. Não a deixam entrar no país e ela ganha a maioria dos principais prémios onde eles são 95% nomeados. Toma lá para aprenderem.

Anónimo disse...

Faço das palavras do rui as minhas embora, a "gaja" a mim não me meta nojo ... acho que tem qq coisa. Sim, tem um certo ar decadente mas, um "cuidado" ar decadente e "aprimorado" ar chungoso.

No entanto é boa cantora, tem uma voz sexy e acho lamentável ela não poder ter saído da Europa, tendo de assistir à distância. Não me parece nada normal.

Sim, estas entregas de prémios são BEM DISCUTÍVEIS. E claro que a música feita da Europa é BEM SUPERIOR. Não há qq dúvida disso ... pois, apesar de admitir que gostaria muito de conhecer os States e se se proporcionar claro que conhecerei ... não gosto mesmo nada dos valores e princípios que orientam aquela gente, centrada em si como se fossem o centro do mundo, um país que nem tem história, uma fralda descartável perto da riqueza histórica da Europa ou da diversidade cultural do sudeste asiático ...

Anónimo disse...

Grande Amy.

Anónimo disse...

Os americanos são uns atrasados musicais e não só. Só agora conhecem Amy Winehouse quando na Europa já há meses e meses dela se fala.
Só mostra que ainda estão muito fechados ao mundo e que se acham o centro desse mm.