How to save a life

Lay down a list of what is wrong
The things you've told him all along
And pray to God he hears you
And pray to God he hears you

Where did I go wrong, I lost a friend
Somewhere along in the bitterness
And I would have stayed up with you all night
Had I known how to save a life

...
Drive until you lose the road
Or break with the ones you've followed
He will do one of two things
He will admit to everything
Or he'll say he's just not the same
And you'll begin to wonder why you came

(The Fray)

I write sins not tragedies

I'd chime in with a "Haven't you people ever heard of closing a goddamn door?!"

(Panic! At The Disco)

The Black Parade

Para mim concorre às melhores músicas de 2006.

Para a minha Emo Girl preferida. :)

(My Chemical Romance)

Cooling

"So, then love walked up to like
She said I know that you don't like me much
Let's go for a ride
This ocean is wrapped around that pineapple tree"

(Tori Amos)

Silent all these years

One of the reasons she is one of my favourite poet.

(Tori Amos)

Caught a Lite Sneeze

I'm a Toriphilic.

China

Look at this video.

(Tori Amos)

Fidelity

Just love it.

(Regina Spektor)

Some said this is probably the silliest song ever

Because of this: "I don't know who you are, but i'm with you"

Resident nº...


E a um louco que presente de anos poderia dar o grupinho das férias?
Não deve faltar muito para lá chegar...

Prenda

O que seria? Pensava, pensava e não chegava lá. Tu fazias um certo suspense e eu cada vez mais curioso. O que seria?
Porque é que não compraste com antecedência? Porque é que só podias comprar no dia em que nos encontrassemos? Porque é que tinhas de saber o dia exacto em que nos iriamos encontrar? O dia e a hora? Porquê? Porque é que terias de ir a Lisboa para depois voltar? Ou entregar-me em Lisboa? Porquê?
Porque se estraga?
Um bolo? Questionei eu. Não, respondeste tu.
Flores? Pensei. Mas flores não se estragam assim e não é necessário ir a Lisboa de propósito.
O que seria ao ponto até de levantares a série hipótese em apanhares transportes de propósito para ires a Lisboa e voltares?
O que seria? Pensava, pensava e não chegava lá.
Hoje fomos ao magnífico Museu da Electricidade ver a World Press Photo. Um jantar com as moças, o filme do Tarantino quase, quase a começar e tu nada de aparecer.
Ligo-te e dizes que precisas que eu vá andando para a sala de cinema com duas delas e que uma fique à tua espera.
O que seria?
Descemos as escadas e lá estavas tu, encostada a um pilar, nitidamente a esconder algo.
O que seria? Porque precisavas tu de uma delas?
Lá fui, nervoso, com as outras a caminho do filme que estava prestes a iniciar.
À porta das salas de cinema, enquanto esperava pela corrida das duas à casa-de-banho, lá apareceste tu. Tu e o sorriso maroto da pseudo-cúmplice.
Parabéns.
Precisaste de uma delas para ajudar no embrulho.
Abro-o, como sempre com uma abissal falta de jeito para abrir embrulhos e desato a rir.
Ainda te lembras. Ainda te lembras daquela conversa.
Nunca ninguém me tinha oferecido nada parecido.
Nunca ninguém me tinha oferecido sushi.
O meu tenho-o ali prestes a deliciar-me. O teu... Nunca tinha sequer imaginado alguém a comer sushi no escuro do cinema.
Comecei o filme a sorrir.
Adorei. Eu adorei a surpresa. Eu, um desastre no oferecer de prendas. Eu, que quanto mais me empenho e entusiasmo no processo de oferecer uma prenda, mais decepciono quem a recebe.
Obrigado, meu querido.
Um dia, quando descobrir onde se vendem os ingredientes, vou aprender a arte de um dos manjares de que mais gosto.

O Muro

Tinha finalmente chegado ao muro, ao que resta dele. E ainda é tanto. Mas hoje, um muro sem o peso de um passado triste ainda tão recente. De um lado a RDA, do outro a RFA. Um valor historio imenso. Hoje, mais de uma década após a queda, aparentemente um muro velho, pintado, desenhado, riscado, escrito com as frases mais significativas e com as mais idiotas possíveis de imaginar. Mas quem ali vai sente, percebe que é mais, muito mais do que isso.
Ali estava ele e o muro. Ele, o muro e mais umas muitas dezenas de pessoas das várias nacionalidades, credos, idades e visuais. O que pensariam elas? Como se sentiriam? Ele sentia respeito, acima de tudo isso, respeito. Também tristeza. O mundo ainda tem tantos e tantos muros. Políticos, económicos, sociais, mentais. Este, pelo menos, tinha sido deitado abaixo. E isso era tão bom. Isso fazia-o sorrir.
Sentiu uma enorme necessidade de ali deixar a sua marca. Não porque outros o tinham feito e continuariam a fazer, mas porque ele queria. Queria independentemente dos outros escritos, das outras mensagens, dos outros desenhos e pinturas. Ele queria e imediatamente soube que marca deixar, o que queria e iria escrever.
Mas não queria que mais ninguém soubesse. Não os que ali estavam e tinham ido com ele. Ninguém a não ser ele. Aquilo era tão, mas tão importante para si. Sorriu por isso. Haveria de conseguir sem que dessem conta. Seria algo seu, algo só seu, algo em que ninguém tinha de meter o bedelho, comentar, sequer dar-se ao luxo de pensar algo a propósito.
Esperou, foi fotografando, foi observando as atitudes das pessoas ao percorrerem aquele caminho, foi tocando no muro, chegou a arrancar-lhe um bocadinho. Um bocadinho laranja que trás na sua carteira. Um bocadinho que, entretanto, se partiu noutros bocadinhos.
Esperou, esperou e esperou. Nunca mais surgia a oportunidade. Ou alguém falava com ele, ou alguém olhava para ele, ou alguém esperava por ele. Um cada vez maior e mais intenso nervosismo subia-lhe pelo corpo. “Vá, vão andando. Vão-se embora. Eu já vos apanho!”
E quando, finalmente, conseguiu atrasar suficientemente o passo para que o grupo de viajantes se afastasse dele, pegou numa caneta que tinha ali mesmo destinada para o efeito e escreveu. Escreveu letra após letra. E ficou, por uns momentos a olhar. Depois fotografou. Primeiro o pormenor, depois um pouco mais afastado, mais e mais. Ali estava. Ali estava aquilo que, desde o primeiro momento em que viu os restos do muro, queria e sabia que iria escrever. Ali estava algo que, sem exagero, era tão importante para ele quanto aquele muro foi para a História do mundo. E nele fez questão de deixar aquela marca para sempre.
Apressou o passo e juntou-se ao grupo. Ninguém lhe perguntou nada. Ainda bem. Certamente acharam que ele havia ficado para trás por causa da sua mania de fotografar. Juntou-se-lhes de sorriso nos lábios. Um sorriso por ter conseguido, um sorriso pelo que escreveu.
Depois outro sentimento começou a aflorar em si. Tinha de contar a outra pessoa. Não queria guardar só para ele. Tinha de contar. E contou. Horas depois contou. Num dia muito especial contou. Sabia que essa pessoa ia achar aquilo muito bonito e com um grande significado. Enganou-se. Ela não só nada disse, inicialmente, como depois disse o que ele não supôs vir a ouvir.
Sentiu um imenso muro, de toneladas de betão, cair-lhe em cima e esmagá-lo. Depois percebeu que, por muito que o muro pese, por muito que o esmague, nele está escrito o que ele queria escrever. E lá estará escrito, lá estará marcado... para sempre. E isso ninguém lhe tira, isso é tão, mas tão importante, mesmo que só para si.

Gorecki

Levantou-se cedo. Não porque queria ver se conseguia estar acordada durante o dia e deixar a noite para dormir, ir contra a quase norma naturalmente instituída nas férias. Mas porque se tinha deitado cedo na noite anterior.
Sentia a cabeça e o coração tão cheios mas cortados ao meio. E por isso a alma estava vazia. Isso, nada mais. Não conseguia sentir nada mais além disso. Um vazio a apertar-lhe a alma.
Em vez de ouvir algo que a animasse, não. Como que por penitência, por masoquismo, estendeu-se no sofá a ouvir Gorecki dos Lamb.
Não conseguia chorar. Tinha chorado e chorado horas antes na cama. A almofada parecia ter vindo da Amazónia. De tão molhada atirou-a para o chão.
Chorou até adormecer.
Estupidamente, acordou entre o quarto e o corredor. Isso ainda a fez sentir-se pior. Ali estava ela, no chão frio, entre o quarto e o corredor.
Já não chorou. Já não conseguia verter mais nada dos olhos. Sentia o corpo frio, um frio que nem a alma atingia. Essa estava vazia, sem qualquer temperatura.
Deixou-se ficar ali no sofá a ouvir a música. Levantou-se, colocou-a em repetição e foi tomar banho.
Sem forças nas pernas, deixou-se sentar na banheira e ali ficou, não sabe quanto tempo, ali ficou com a água quente a cair-lhe pelo rosto, pelo corpo. Ali ficou estática, sozinha, vazia, com uma dor imensa no peito. Os olhos molhados de água, não de lágrimas. Nem para essas tinha força.
Mas sentia-as a acumular dentro de si. Sentia que elas voltariam e não tardariam. Talvez ainda misturadas com a água que lhe inundava o corpo.

Makes me wonder

Há um ou dois anos era a "banda do momento". Achava as músicas giras mas nunca dei grande importância aos Maroon 5.
Num canal gay da tv polaca (sim, na polémica anti-gay Polónia há um canal gay), enquanto esperava que os resto do grupo se despachasse para irmos descobrir as ruas de Cracóvia, ouço esta canção. Sento-me no sofá, fumo um cigarro cor-de-rosa comprado em Berlim e vejo o video.
E hoje já a ouvi não sei quantas vezes. Gosto do ritmo, faz-me bater palmas.

Show felinus




Ao vir de férias deparo-me com um cenário digno de registo!
O menino Bruno que, durante dois anos, pouca importância deu às teatrais sessões de cio da menina Camila, ali estava a cortejar a moçoila. Cortejar e a colocar em prática o acto desejado, melhor dizendo. Outrora já o tinha visto algumas, poucas, vezes em tal situação mas, rapidamente (mal tinha tempo de se colocar em cima da rapariga), desistia ia-se embora ou, quanto muito, ali ficava qual espectador de tal actuação. Ela, a actriz principal e única em palco, a ronronar, a produzir sons absolutamente estranhos, a roçar-se nos tapetes, nos fios de qualquer aparelho ligado a uma tomada, nos pés das cadeiras, nos móveis... dias e dias a contorcer-se em si mesma (culpa do dono que teima em esquecer-se de uma coisinha chamada pílula), e ele a rondar, a observar e a desaparecer dali minutos depois, para grande tristeza da miss desesperada.
Ora pois agora o cenário mudou, oh se mudou. Ainda corri a dar a pílula à princesa. Mas não sei se fui a tempo. Não sei há quantos dias anda esta rebaldaria em casa. Agora a actriz tem um actor também principal que subiu ao palco para lhe fazer companhia.
O mocinho não larga a mocinha. E a coisa é tal que até ela já se chateia e lhe dá umas valentes assanhadelas e arranhadelas. Mas ele não desiste e lá a vai convencendo. Pensará ele, porque aqui, nesta casa, quem dá ordens é a poderosa Camila. E ela adora! Adora mandar, adora mostrar que é quando ela quer.
É ver a carinha laroca com ar de quem está no céu dos gatos, é ouvi-la a ronronar enquanto ele lhe morde o pescoço. Ele agarra-a, morde-lhe, aperta-a, vira-a e ela ali fica refastelada. Mas só até querer, claro! Camila que é Camila faz tudo como quer, até mesmo em tal situação. Seduz o ansioso rapazola até ao desespero e depois... ou deixa ou não. Sempre a mesma!
E aqui ando eu há dois dias como espectador desta jogatana sexual felina que ocorre por toda a casa, dia e noite. Até já em cima dos meus pés tentaram o acto. Uma depravação pegada!
Mas coitado, por falta de hábito ou por práticas semelhantes durante dois anos com a doninha de peluche, o branquela não tem sabido muito bem fazer as coisas. Pelo menos assim me tem parecido. Fica a uns centimetros do alvo, por assim dizer. Coitado dele e, sobretudo, coitada dela que não vê as suas necessidades satisfeitas como pretendido. Lá o vai assediando e ele lá vai tentando. Só param para dormir e depois... depois voltam à carga. É só ela acordar e começar o seu show que lá vai ele tentar, tentar que ela deixe.
Por falta de jeito do mocinho, não sei se vão ser pais e se terei um grupinho de meninos peludinhos brancos e/ou cinza em casa. Talvez também a pílula tenha sido dada a tempo. Logo se vê.
Se forem pais, serão certamente de meninos e meninas lindos, lindos, lindos.
No fundo, gostava, gostava até muito de ter os meus meninos como papás, mas sei que me vai custar imenso entregar os bebés a futuros donos. Lá terei de fazer um certo esforço para não me apegar demasiado aos pequenitos. A ver vamos!
E pronto... aqui estão eles mesmo à minha frente nestas figuras.
Viva a Camila!
Viva o Bruno!

Bluebells

Dois videos do genial Patrick Wolf.

The Libertine

Ha quem consiga


- Vem aqui tirar-me uma foto.
- A sério? Queres mesmo?
- Claaaaro. Isto é uma coisa importante e nós estivémos cá. Vá tira lá.
- Pronto, mas rápido.
- Vá, aqui. Eu assim de perfil com isto no fundo. Só a apanhar a cara.
- Mas, por favor, não sorrias, a sério.
...
- Pronto, já está.
- Deixa ver. Ah ok, fiquei bem.

Em Auschwitz há quem consiga posar para a foto.

Thought

O nosso mal não é querer alcançar a perfeição. É querer que ela esteja sempre presente. E assim estragamos tudo.

Happy Birthday Madonna (1ª parte)

Estava em Berlim. À meia-noite olhei o céu mais escuro do que as luzes da cidade e dei-te os parabéns.
49 anos.
25 anos de carreira.
PARABÉNS MADONNA!

Happy Birthday Madonna (2ª parte)

Now Comes The Night

Não foi uma das várias ouvidas na carrinha por terras alemãs e polacas... foi ouvida já de regresso a casa, ao passar a ponte, com Lisboa à vista.

Back

De volta!
Cansado mas contente.
Muito haveria a dizer sobre as férias, sobre os locais visitados, sobre o grupo de acompanhantes.
Em breve estarão no "Imitation Of Life" algumas das centenas de fotografias.
Agora está na hora de ir tomar um banho e dormir, dormir, dormir...


Aqui o Fool estará ausente de 13 a 24 do corrente mês... Ah pois é. Berlim e Polónia.
Dia 17, dia de anos, a acordar em Berlim e a deitar em Cracóvia.
Até breve!

Fotos/Imitation Of Life

Finalmente comprei uma máquina fotográfica digital. Adoro fotografar e é algo que farei com frequência de agora em diante.
Assim que a bateria carregou, peguei na máquina e zás, tirei umas fotos rápidas para experimentar. Estava com pressa para sair e já atrasado e, por isso, foi ligar e clicar. Nem dei grande importância às multiplas milhentas opções que a bicha tem.
Por agora deixo aqui o endereço para cuscarem as primeiras fotos que tirei com a machine.
Posteriormente colocarei outras que for tirando.

Imitation Of Life (porque as fotografias são imitações da vida):


http://www.flickr.com/photos/graduated_fool

Surrealismo



"Madonna é feia e desinteressante" é uma frase que está para as frases como Dalí está para a pintura.
(EF)

Circle in the sand

Ali, duas almas. Obrigaram a sentar os corpos descalços que as transportam. Sentaram os corpos a cerca de um metro um do outro. Um, de propósito, ligeiramente mais atrás. A alma desse fê-lo falar, falar e falar como se estivesse para dizer aquilo há tanto tempo. Como se não se cansasse de falar daquilo. Como se aquilo lhe estivesse preso há dias e dias. A outra alma usou-se do outro corpo para falar menos. Ouviu. Queria ouvir. Além dos ouvidos, usou a boca. Uma boca que, várias vezes, sorriu como reflexo de um carinho imenso nutrido por quem, com tanto entusiasmo falava.
Os pés, enterrados na areia molhada, foram brincando, ao ponto de torná-la lisa. A alma do corpo que estava mais à frente, usou-se, para além dos pés, da mão esquerda que, a seu comando, desenhou algo na areia alisada pela extremidades inferiores. Desenhou uma circunferência. Depois duas linhas rectas paralelas a passar no centro da mesmo. Não sabe porque o desenhou, mas desenhou. Afinal, é difícil estar-se na areia da praia e não esventrá-la com desenhos. Os olhos viram duas meias luas. Um quarto minguante e um quarto crescente, ali, lado a lado. Desenhou, talvez para não movimentar o corpo no sentido que mais queria.
Continuaram as almas a usar-se das cordas vocais dos dois corpos para falar.
Já de dia, talvez mais de uma hora depois, a alma do corpo que estava sentado mais atrás fê-lo levanta-se. O céu estava coberto de nuvens que se fundiam acinzentadas no mar calmo. Uma chuva ténue, muito ténue deixou-se adivinhar. Caíram alguns chuviscos. Um aqui, outro ali. O corpo levantado, enquanto falava, desenhou. Desenhou uma circunferência. Depois duas linhas rectas paralelas a passar no centro da mesmo. Teria esta alma utilizado os olhos do corpo mais atrás para ver o desenho que a mão esquerda do corpo mais à frente havia desenhado, mais de uma hora antes, quando o céu e o mar eram da mesma cor, negro da noite em vez de cinza do agora dia? Parecia que não.
Porque é que desenhaste isso?
Não sei. Andei à volta, fiz uma bola e depois dois riscos com os pés.
A alma do corpo ainda sentado mais à frente fez com que os lábios esboçassem um sorriso. Não tinham tido o mesmo sonho, como anos antes, mas tinham feito o mesmo desenho. Preferiu silenciar e desviar o olhar para as gaivotas que, ao que parece, não existem em todos os mares.
Os corpos já estavam ambos de pé e as duas almas colocaram-nos a caminhar.
O caminho de regresso, com os corpos lado a lado, nos mesmos lados que tinham ocupado na areia, foi bem mais silencioso. Pouco foi dito. As almas não pararam de funcionar, contudo. E agora?
Agora estavam prestes a despedir-se. E assim o fizeram. Mais de quatro meses depois, ali estavam lado a lado, como, durante quatro anos, tantas e tantas vezes estiveram. Ali, tão, mas tão perto.
Tinham dificuldade em cruzar olhares. Os corpos, esses, não se tocaram. Não houve um abraço e nem as extremidades se tocaram. Talvez fosse melhor assim. Se se tocassem era provável que mais do que as almas se embrenhassem uma na outra. Estas almas que, sem saberem, desenharam, cada uma, uma circunferência com duas linhas rectas paralelas a passar no centro da mesmo. Duas meias luas.

Imitation Of Life

E porque fotografar acaba por ser uma "imitação da vida", para comemorar a aquisição da minha máquina fotográfica, o que poderia ser melhor do que uma música que adoro, uma banda que adoro, um videoclip excelente a cada pormenor.
Pena a qualidade da imagem não ser a melhor...

Leave

Esta música não tem video. Ainda bem. Prefiro imaginá-lo.
É, sem dúvida, do top ten dos Rapid Eye Movement (REM). Ficam as imagens de uma série que já me deixa saudades. Mas fica, sobretudo, a música.

I'll Take the Rain

Last night the rain came down. But i'm not afraid of the rain.

Obrigado.

Tu aí! Sim, tu aí. Sabes bem que és tu.
Obrigadinho. Muito obrigado pelo momento da última noite de Julho.
Não vou perder-me num longo texto a explicar o que aconteceu, não, nada disso. Desgasta-me, corrói-me a alma, destrói-me. Seria perder tempo e, depois do sucedido, já desabafei, já chorei, já dormi mal. Não o farei mais. Não, por tua culpa, sacana.
Sim tu, és tu. É contigo mesmo, crápula.
Tanto charme para cima de mim, tanto savoir faire, tanto estilo, tanto olhar apaixonado, tantas palavras bonitas e encantadas e eu, se não fossem certas barreiras, ia-me deixando levar. Quase caí na tua cantiga, estupor. Soubeste fazê-lo mas, guess what, a mentira tem perna curta. Esta, infelizmente, não foi tão curta assim. Mas foste descoberto, apanhado. Ainda bem que, ontem, resolvi sair de casa. Ainda bem que decidi ir ao cinema. E eis que lá estavas tu. Todo nervosinho, todo atarantado. Agora já não soubeste para onde olhar e como olhar, pois não? Acompanhado de um aperto triste no estômago, estava comigo uma vontade de rir, de levar a ironia às últimas. Não o fiz. Ali estavas tu desorientado. Tu e outro. Outro a "apanhar bonés", sem perceber nada.
Foste apanhado! Apanhadinho de gema com o teu namorado. Coitado dele! Mal sabe que tem ao lado quem procura melhor. Mal sabe que é o substituto para quem há-de vir. E quase que seria eu. Já pensaste como seria? Já te passou pela tua cabeça "intelectual" como ficaria ele? Como ficaria eu?
A jogar em duas frentes, hã? Sim, senhor, muito bonito.
Sim, és giro. Sim, tens estilo. Sim, tens charme. Sim, sabes envolver com as tuas frases e opiniões. Sabes fazer a coisa, idiota mentiroso!
E mesmo que não mentisses, sempre soubeste que não terias nada comigo além de amizade. Ainda assim insististe, de forma mais ou menos subtil. E eu, que deixei de acreditar nas pessoas, quase vi uma luz ao fundo do túnel. Por agora não dava, não te queria, sempre te disse, mas um dia, um dia talvez. Se não fosse contigo, havia uma luz que me suspirava a sensação ténue de que poderia ser com alguém, um dia com alguém.
Aparentavas ser tão parecido comigo, termos tanto em comum, vermos a vida da mesmo forma, as relações nos mesmos moldes. "Afinal, ainda há gente confiável na sua plenitude. Afinal, talvez valha a pena acreditar e, aos poucos, ir destruindo obstáculos de que me comecei e aprendi a rodear", cheguei e pensar. Bull shit! Thank you!
Sabes, podemos ser parecidos em muitas coisas mas somos, certamente, muito diferentes no que toca à forma como nos ligamos aos outros. O que fizeste comigo não se faz. O que fizeste ou estás a fazer ao teu companheiro não se faz.
Um dia disseste-me que, se ficassemos juntos, nunca me irias fazer sofrer. Irónica a vida. Fizeste-o antes de teres o que querias. Se sou tudo aquilo que dizes, então deves fazer uma pálida ideia de como me sinto.
Até posso acreditar nos teus sentimentos por mim mas e então? Eu joguei com todas as cartas, tu não. Nunca te disse estar interessado em ti, sempre te disse que o meu amor é outro. Insistias. Insistias mas tinhas outra vida, alguém a teu lado há mais de um ano. Coitado! Alguém a jeito de levar um valente pontapé no traseiro assim que eu dissesse "sim". Ainda bem que não o disse. E depois, comos seria? ias estar comigo à espera de melhor, como fazes com este? E como achas que eu ia reagir quando soubesse a verdade? Tanta inteligência e sensibilidade para isto? Please!
A tua luz foi-se de vez. Agora nem a amizade fica. Estás contente? Eu não. Triste, é como me sinto. Triste, desiludido, enganado. E sabes, estou farto, farto até à ponta mais longa de um cabelo. Odeio mentiras, odeio joguinhos destes e calha-me um na rifa. Um de quem não esperava e de quem não esperava. Obrigadinho!
Obrigado por me mostrares que ainda consigo ser enganado.
Obrigado por me ajudares a cimentar, cada vez mais, que não posso mesmo acreditar, totalmente, em ninguém.
Obrigado por me fazeres enterrar, novamente, os pés no chão, em vez de me atrever a certos sonhos e esperanças.
Obrigado por contribuíres para a minha glaciação.
Obrigado por te teres cruzado comigo, seu c....... de m.......
Não penses que me destruíste, não.
Não penses que vou chorar mais, não.
Ensinaste-me foi mais um pouco.
Obrigado, cobarde.
Obrigado.

Animal Instinct

Suddenly something has happened to me
As I was having my cup of tea
Suddenly I was feeling depressed
I was utterly and totally stressed
Do you know you made me cry?
Do you know you made me die?

And the thing that gets to me
Is you'll never really see
And the thing that freaks me out
Is I'll always be in doubt?
It is a lovely thing that we have
It is a lovely thing that we
It is a lovely thing, the animal
The animal instinct

So take my hands and come with me
We will change reality
So take my hands and we will pray
They won't take you away
They will never make me cry, no
They will never make me die

And the thing that gets to me
Is you'll never really see
And the thing that freaks me out
Is I'll always be in doubt

Ode To My Family

Does anyone care?

Walking On The Milky Way

Quase um dia inteiro a ouvir esta música.