O oportunismo, os ganhos financeiros e a luta desenfreada pelos titulos não os enobrece, não os cultiva, não acrescenta nada de interessante a dois seres insensiveis e pobres de espirito.
Os bens que apreciam e os fazem sentir vivos são os mediocres.
Se a Terra é o planeta deles, não é o nosso, certamente.
São prisioneiros insustentaveis dos vicios menores.
Vicios que podem dar estatuto às suas mentes pequenas mas não lhes dão grandiosidade.
Essa que norteia e pontilha o topo da pirâmide.
Topo ao qual nunca chegarão por mais que trepem.
A superfície é lisa e escorregadia para eles.
Tão inclinada e vertiginosa que assusta.
E só lhes deixa o solo como destino.
Solo do qual não se conseguem descolar.
Eles não são seres de encanto.
Não são cisnes emplumados e elegantes.
Não se deslocam pelo lago.
São meros patos domésticos que não saem da borda da água porque têm medo de a ela não voltar.
Os olhos podem brilhar mas falta-lhes a beleza do olhar.
Falta-lhes a sensibilidade.
Falta-lhes a arte.
Falta-lhes a luz.
Eles estão na borda porque querem ter os pés na terra e convém estar próximo da casota, não vá ela encher-se de pó e eles não a limpem em tempo record.
Eles vivem na mediocridade dos sentidos.
(EF)
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7 comentários:
Eu adoro patinhos mas neste contexto prefiro os cisnes.
As pessoas vivem em 2 mundos, sempre. O mundo visível das atitudes e o mundo mental. E é esse mundo que muitas vezes é o mais real, mas o de cada um, apenas é acessível a poucos outros.
E por isso dos patos toda a gente gosta, só isso. E dos cisnes gosta-se mas muitas vezes com inveja e outros sentimentos por trás. Há admiração.
Os patos são queridos, simpáticos, engraçados e fofinhos. Não há porque não gostar. São limitativos.
Os cisnes são graciosos, encantados, cheios de luz e beleza. Fascinam pelo aspecto, porque não se entendem, porque são misteriosos e porque são naturalmente superiores, logo alvos de inveja.
Boa metáfora.
E o mais triste é querer-se ser cisne e nunca se conseguir, pior é nem tentar.
Os cisnes são tão raros que raros são os lagos que os têm, muitos deles nunca os tiveram e os que os têm, têm apenas 2 ou 3. Patos há muitos.
No mundo acontece o mesmo. No meio de milhões, há apenas uns quantos cisnes que o vivem, contemplam e sentem de uma forma única e especial. São esses os fascinantes que veem luz da qual fazem parte, que têm uma sensibilidade apurada capaz de ver beleza onde os patos chafurdam.
Este blog é o de um cisne, disso não tenho quaisquer dúvidas.
Não diria melhor que a fátima.
É isso mesmo, luz.
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