Ai a menina!

Se é para ocupar os meninos, para passarem AINDA mais tempo nas escolas e anexas invenções ministeriais, se é para afastá-los cada vez mais dos pais, porque é que, já agora, não pegam nos professores desempregados, contratados e mesmo os efectivos e os metem a fazer trabalho de parteira. Assim, mal os miúdos nascessem, já outros por eles eram responsáveis, outros que não os pais.

Senhora Ministra, e para o fim-de-semana não se lembra de nada? Veja lá, olhe que ainda vai a tempo. Então, está a descurar a sua mente iluminada. Olhe que 2 ou 3 horas à noite com os pais já é demais. Coitados, já lhes chega o trabalho semanal para darem de comer aos marotos a querida fast-food, para lhes comprarem telemóveis e mp4 de última geração, roupas caras e coisas que tais que os coleguinhas têm. Esse é o árduo papel dos progenitores, como sabe. Como é que eles aguentam chegar a sexta-feira à noite? Não acha, minha senhora, que é exagero o tempo gasto por eles quando se cruzam em casa com os filhotes? E ainda terem de lhes dizer qualquer coisa no intervalo da "bola" e das novelas, coitaditos.
Vá, a senhora consegue. Porquê as limitativas aulas de substituição quando se podem ter pais de substituição, hã? Ai, está-me a decepcionar, então!?
Vá, vá lá senhora, lembre-se de qualquer coisita para os fins-de-semana. Como os meninos já não precisam de estudar, há que dar-lhes actividades, como sabe. Os pequenos precisam de actividades, é para isso que somos bem pagos, é para isso aqui estamos.
Ai a menina anda a comer muito queijinho.

Gays sismicos

Os homossexuais são culpados pelos terramotos!

Um deputado do partido israelita Shas, que pertence à coligação do Governo, afirmou que as «práticas homossexuais» provocaram os abalos sísmicos que afectaram recentemente o país.
O deputado Shlomo Benizri baseou-se no Talmud (livro sagrado da religião judaica) para justificar sua teoria.
«O Talmud indica uma série de causas para os terramotos e uma delas é a homossexualidade, que foi legitimada pelo nosso parlamento», declarou hoje Benizri durante o seu discurso no congresso israelita.
Desde 1988, o parlamento reconhece os direitos dos homossexuais, ainda não aceites pelos partidos ultra-ortodoxos, como o Shas.
Segundo Benizri, em vez de implementar medidas tardias para combater os movimentos das placas tectónicas, seria necessário «preveni-los, eliminando as causas».
No mês passado, outro deputado do Shas, Nissim Ze'ev, descreveu os gays como «aqueles que destroem o mundo hebreu».
A reacção da comunidade homossexual israelita foi imediata. O presidente da Associação Israelita de Lésbicas e Gays, Mike Hammel, apelou para a ironia.
«Se alguém pergunta porque os membros do partido Shas estão tão obcecados com a nossa comunidade, podemos responder recordando o caso daquele senador norte-americano que, depois de uma longa e feroz batalha contra os gays, revelou que era homossexual», declarou.

O sábio deputado que proferiu tal sapiência é este:


O meu adorado Brama diz que esta alma tem ar de totó. Para mim tem é ar de ser um valentíssimo paneleirote, é o que é.

Mas a princesa israelita tem toda a razão, pois claro. Pronto, lá anda a maricagem toda a provocar terramotos por Israel, pois então. Não é óbvio!? Todos cheios de plumagens e lantejoulas ofuscantes, amplamente maquilhados, a desfilar, de saltos altos vermelhos, pelas ruas... É mais do que certo que as placas tectónicas reagem e se não derem de si com estrondosos abanões terrenos, é claro que múltiplos saltos agulha da paneleiragem provocam terramotos que, em noites de festa, são em grande escala. E aos fins de semana com a bixarada toda a abanar as peidarolas no Trumps lá do sítio, é sabido que o interior da Terra não aguenta e faz das suas. Quem sabe não é o próprio planetazinho a revoltar-se contra a gayatagem que não pára sossegada e insiste nos trajes e saltos altos incomodativos no desfilar, no pular, no ferir a superfície terrestre! "Vá, vá, parem lá com os saltos que afectam os meus movimentos de rotação e translação. Vá, ou param ou em enervo-me e ponho tudo a tremer já e já, suas doidas!"
É óbvio que a culpa é do bixedo climatizado e vaporoso que não aguenta sair à rua sem uns Gucci vermelhíssimos, cujos saltos são qual farpas que espetam a pele da Mãe Terra! É óbvio que as suas práticas sexuais vão mais além dos abanões das camas e barulhos que incomodam a vizinhança. Toda a terra grunhe com tamanha paneleirice, ora!
Este senhor tem toda a razão no que diz. Nem sei como não se lembrou das inundações provocadas pelas lágrimas dos paneleirotes tão tristes pelo facto da Kylie Minogue e da Cher não virem a actuar, tão cedo, por aquelas bandas.

Haja paciência!!!

"I wanna be like..."

Hoje, enquanto um grupo docente esfumaçava junto ao portão da escola (uma das poucas vezes em que o assunto não era ministra, ensino, alunos, burocracias, aulas...) , perante um elogio ao seu aspecto, ouvi uma colega dos seus 30 e tal anos, alta, bonita, muito elegante, com imenso estilo no trajar e na atitude, dizer:
"Eu faço por isso... sim, tenho cuidados e preocupo-me com a minha imagem, não digo que não, mas gostava de me ver ao espelho e ser parecida com a Kate Moss. Já não digo igual, isso era pedir muito, mas parecida gostava."
Em tempos uma amiga disse-me algo idêntico. Achei estranho e hoje voltei a achar.
Já não tem aquele ar de teenager de look londrino decadente que a tornou famosa mas os fotógrafos adoram-na, as marcas, os estilistas também. Anda nisto há anos e anos e, para além da sua vida fora dos flashes, continua na berra. Ok, a rapariga tem de ter alguma coisa especial, só pode.





Em Julho


(Within Temptation - Forgiven)
Em tantos excertos de concertos que já vi e ouvi desta banda, nunca ouvi esta mulher cantar mal.
Pena, para este tema ao vivo, as imagens e o som nunca serem bons.
Estarei lá quando cá vierem em Julho.

See a "special" "english rain" at the "bitter end"

Enquanto andava pelas ruas, em transbordo entre um e outro transporte público, entre a multidão apressada, apetecia-me, muitas vezes, ouvir coisas fortes e cheias de adrenalina. Por vezes, eras mesmo uma vontade louca de, em passo rápido, andar em linha recta e levar todo e qualquer um que à frente se atravessasse.


(Placebo - The Bitter End)


(Placebo - Special K)


(Placebo - English Summer Rain)

Listen and see the beast within


(From the documentary movie "I'm going to tell you a secret" - Video installation intro from Re-Invention Tour - 2004)


(Girlie Show Tour - 1993)

Erotica


(Erotica video)
Na década de 90 este video chocou o mundo. Tinta e mais tinta a jorrar na comunicação social, a Igreja condenou-o (a Ela... once again), muitos canais de tv não passavam o clip e a MTV, mais uma vez, após os videos do Like a Prayer e do Justify my love, fez o mesmo.


(Erotica/You Thrill me - Confessions Tour 2006)
Hoje ouvi e ouvi e ouvi esta versão. Entranha-se na sua simplicidade, classe, delicadeza e sensualidade. Ao mesmo tempo há uma certa tristeza a envolver.

Anda cá Lurdinhas da Educação.

This cat is so fuc**** hot.

Sobrevivência...

Médico - Então, digam-me o que não gostam em vocês. Desculpem, mas não sei qual dos dois vem à consulta de cirurgia.
Ele - Sou eu. Bem, chegámos da nossa lua de mel e...
Médico - Parabéns.
Ele - Bem, não correu como nós planeamos.
Ela - ...
Ele - Fomos para as montanhas para fazer sky. Começou a nevar muito, muito mesmo e ficou impossível de se ver alguma coisa... eu não consegui controlar o carro e... caiu numa ravina... muitos metros.
Ela - Caiu, encheu-se de neve e ficámos ali fechados, soterrados em neve.
Ele - Dez dias.
Médico - Mas... sobreviveram, o que é um milagre... bem, se sobreviveram a isso então é um bom sinal para o casamento.
(Ele e ela olham um para o outro)
Médico - E estão aqui porque...
Ele - Bem, eu não me lembro de muito... às tantas devo ter perdido os sentidos e sei que acordei com uma dor horrível, horrível mesmo, e estas grandes falhas... faltas de carne no braço. Estávamos ali fechados dia após dia e, no meio daquilo, o metal do carro deve ter feito isto.
(Do rosto dela começam a cair lágrimas)
Médico - Bem, os músculos não me parecem mal e os tendões não estão danificados... mas diz que foi metal do carro? Não me parece... os cortes arredondados... enfim...
Ela (agarrando na mão dele) - Diz a verdade. É o melhor... Eu tenho de dizer... não faz sentido não dizer o que se passou. Tenho de dizer o que tu fizeste. A culpa é muito grande... já não aguento mais... Nós não tinhamos comida, não tinhamos água, os minutos já pareciam horas ali... eu sofro de hipoglicemia severa e...
Ele - Nós tentámos ajuda pelo telemóvel... mas ninguém aparecia... Passada uma semana ela começou a ter terríveis dores de cabeça, tonturas, alucinações... começou a perder o total controle das suas faculdades... não aguentava vê-la assim...
Ela - Comecei a ouvir barulhos, os meus olhos não focavam, só via uns pontos...
Ele - Pensei que ela ia morrer...que, enfim, iamos morrer os dois.
Ela - Ele salvou-me. Ele... começou a cortar pequenos bocados de carne do braço, ia-os aquecendo no isqueiro do carro e... dava-me a comer. Eu... eu fui como que canibal... comi partes do meu marido para sobreviver...
Médico - ...
Ele - Ela não sobrevivia se não comesse qualquer coisa. Estava a morrer mesmo ali junto de mim... E eu alimentei-a. Não podia perdê-la. Vê-la ali a morrer e não fazer nada... Não sabia que mais poderia fazer...
Ela - Deve pensar que eu sou um monstro... mas não faz a menor ideia do que faria para sobreviver até lhe acontecer a si. Por favor... Por favor, opere o meu marido.

HER & Horses


























Discriminação ou preocupação?


Dani Graves, de 25 anos, e Tasha Maltby, de 19, são um casal de namorados gótico de Dewsbury, norte de Inglaterra. No passado fim-de-semana foram, segundo eles, impedidos de viajar num autocarro porque Dani anda com a sua namorada de trela.
A BBC News conta que o casal acusa a transportadora Arriva de discriminação. O condutor do autocarro rejeitou a entrada de Dani e Tasha, alegando que a trela iria por em risco a segurança dos restantes passageiros em caso de travagem brusca.
O caso está a ser investigado pela Arriva, empresa «que leva muito a sério qualquer acusação de discriminação», segundo um responsável da empresa, Paul Adcock.
Adcock acrescentou que a Arriva irá «pedir desculpa a Dani e Tasha por algum inconveniente causado pela forma como o assunto foi tratado».
Questionada sobre se o motorista não estaria a ser sincero na preocupação relativa à segurança, se o motorista não estaria até a defendê-la perante tal suposta humilhação, Tasha Maltby, não tem dúvidas em afirmar que este foi um caso «claro de discriminação, quase como um crime de ódio», contou ao Daily Mail.
A jovem de 19 anos descreve-se como um «animal de estimação humano» e diz não ver qualquer mal nisso.
«Comporto-me como um animal e tenho uma vida bastante calma. Não cozinho nem faço limpezas e não vou a lado nenhum sem o Dani. É uma opção minha e vivo muito bem assim», explicou.
Tasha defende o seu estilo de vida acrescentando que «não firo ninguém» e que o casal é feliz assim, independentemente de quão estranha esta relação pareça.
Discriminação ou preocupação do condutor? Problemas do foro mental? Idades? Vidas!

Mercy

Enquanto, de forma aborrecida, corrigia testes de avaliação, resolvi ligar a tv e sintonizar um dos canais da MTV. Sempre me fazia companhia e podia ir ficando a par do que por aí se anda a fazer e a ouvir.
Minutos depois comecei logo a ficar farto e até irritado. Tanto rap, hip-hop, musiquetas banais, iguais, enfadonhas, cantadas por gente com ar chungoso e/ou numa artificialidade enervante. Gente cheia de acessórios dourados, bonés brilhantes, fatos de treino coloridos, roupas muito largas a dar aquele tão apregoado ar "dread" masculino, ou roupitas muito justas a mostrar as peidarolas e mamocas das moças que, em segundos, mostram o quão belas ficam com diversos cortes de cabelo, maquilhagem e roupas caras. É tal o conjunto de luzes, cores e mudanças rápidas de imagem que parece quase tudo igual.
Quase, quase a mudar de canal ou a desligar a tv e escolher algo a meu gosto para ouvir no arrastar de correcções, comecei a ouvir algo que me prendeu. Ouvi, vi e gostei logo aos primeiros acordes. E assim foi até ao fim. Atirei os testes ao chão e fui logo pesquisar na net com um "bichinho" a sussurrar-me que aquela rapariga não era, certamente, americana. Aquele som destoava do que ouvi durante os minutos anteriores. Uma lufada de ar no meio de tanta chatice sonora.
Duffy de seu nome, "Mercy" o tema. O álbum de estreia dá pelo título de "Rockferry". Se fizer jus ao tema, então melhor ainda.
Mais uma (neste caso ainda bem) novata nas lides musicais, vinda directamente da Great Britain, mais concretamente de Gales.
As boas ou más línguas já se agridem na internet e, certamente por outros meios, com comparações entre Duffy e Amy Winehouse. Absurdo, no mínimo. Há uma certa semelhança na voz. Ambas são do Reino Unido. Talvez o género musical seja parecido... E então? Porque não gostar das duas?
Desta Duffy conheço apenas o tema que ouvi e deste gostei. Gostei muito.


(Duffy - Mercy)

The Island

E recomeçou! Já está no ar! A tão esperada (por mim e por milhões, alguns absolutamente obcecados) 4ª temporada do Lost já começou nos Estados Unidos. Depois de meses e meses à espera, estreou. Já consumi o 1º episódio e hoje consumirei os dois seguintes.
Pelo que já vi, a coisa promete e promete de que maneira. A "coisa" é mesmo muito, muito bem feita.
Jack, Kate, Sawyer, Clare, Desmond, Charlie, Ben, Jin, Sun, Hugo, Sahid e companhia estão de volta à minha vida.
Welcome back. Missed you guys!










Valentine's Day

Qual ursinho branco de coração vermelho!? Qual postalzinho amoroso com animaizinhos aos beijinhos!? Qual relógio cheio de corações da Swatch!? Qual boneco repleto de frases feitas maravilhosas!? Qual pack de dois telemóveis iguais para o casalinho!?
Isto sim é um presente digno do tão amado e odiado "Dia dos Namorados":

Pois, pois, é já amanhã que vou buscar o meu "carrinho esperto". E estou tão, tão nervoso.
Quando virem uma matrícula 00-FF-27... DO NOT TOUCH IT! THE BOY IS MINE!!!

I say: ye... ye... yes!

Parece que este ano a cerimónia dos Grammy Awards foi das melhores de sempre, misturando autênticos mitos da música velhotes e até falecidos (como Frank Sinatra em dueto com Alicia Keys e Tina Turner com Beyoncé) com as muito conhecidas promessas da música actual.
Não vi. Confesso que, se cada vez dou menos importância aos Oscars, aos ditos Grammy a minha atenção sempre foi diminuta. Uns quaisquer prémios de música supostamente mundial que acabam sempre por sobrevalorizar o americanismo e o que de fraco por terras de Tio Sam se faz, como se o melhor do ano ali estivesse representado. E, efectivamente, não está. Tal como na sétima arte, a melhor música vem muitas vezes do nosso velhinho continente. Ao menos admitissem que os prémios, mundialmente conhecidos, são para valorizar o que na arte musical ou cinematográfica se faz nos EUA, pois 95% das nomeações a este país pertence. Nomeiam 1 ou 2 estrangeiros (ingleses, pois então) para as principais categorias e já conotam os prémios como mundiais. Depois lá têm umas categoriazitas às quais não se dá grande importância e, pronto, fala-se do maior evento musical ou de cinema.
Festas americanas que, por contingências da globalização, são conotadas como as mais importantes do mundo, num determinado ano.
Pois se, relativamente aos Grammy's, quase sempre discordei dos chamados grandes vencedores do ano, este ano a coisa foi diferente. Uma inglesa de 24 anos, ainda não muito conhecida do outro lado do Atlântico, mas na boca de muitos, foi a "rainha".
Desde o início da noite da 50ª cerimónia dos prémios que Amy Winehouse era a mais esperada, mas já se sabia que, devido a um problema com o passaporte (a embaixada Americana em Londres recusou-se a dar-lhe o visto devido aos muitos problemas da cantora com drogas e quando o fez era tarde demais), a cantora ficou em Londres, actuando via satélite num estúdio intimista, decorado à Cabaret, apenas com amigos e familiares a assistir. Winehouse tornou-se a grande vencedora da noite Grammy’s ao vencer em cinco categorias.
A doida, perturbada, desorientada, aparvalhada, decadente e tudo o mais que lhe costumam chamar, venceu nas categorias de Melhor Canção e Gravação do ano por "Rehab", Melhor Artista Revelação, Melhor Cantora Pop e Melhor Álbum Pop pelo disco "Back to Black", o seu suposto álbum de estreia.
Amy Winehouse, a junkie mais talentosa da pop e R&B actual, cantou muito ao seu estilo (dizem que até se portou muito bem, tendo em conta muitas outras actuações dela em que se esquece da letra, pára de cantar, etc), directamente para os States (que a impediram de entrar no seu território), duas canções via satélite, a partir de Londres. Amy que há dias deu entrada numa clinica de reabilitação para toxicodependentes fez uma pausa para esta actuação e nem queria acreditar que os americanos a estavam a premiar. Na pausa, ironicamente, cantou: "They tried to make me go to rehab... i say: no, no, no!"
Sem coroa, as desejosas "rainhas" americanas e outros tantos "americanóides" lá se devem ter roído de raiva, mas convém recordar-lhes que nem sempre a América é o centro do mundo e que é a música que se deve premiar, não estilos de vida, visuais de barbie, valores e atitudes particulares.
Eu gosto desta Amy. There's something about her unattractiveness that's attractive.



(Amy Winehouse - Grammy Awards 2008)

The difference between

He - All we have is sex... just sex, nothing more.
She - We love each other. I love you.
He - No, you don't. There's a difference between love and sex.
She - No, there isn't. Sex is the only way that we can feel that we're not alone in the world.

Agora

Será que me tornei numa pessoa fria?
Fiz por isso.
Para sofrer menos fiz por isso.
Foi consciente.
E agora pago por isso.
E agora decepciono tudo e todos.
E agora decepciono quem eu menos queria decepcionar.
E agora continuo a tentar fazer tudo bem mas, a outros olhos, faço tudo mal.
E agora continuo a pensar em mil coisas para que corra tudo bem mas parece que corre tudo mal.
Os sentimentos não acertam com as atitudes.
Faço pelo melhor e choro porque faço o pior.
E agora a desejada frieza tornou-se fraqueza.
E agora? Estou a deixar de ser quem fui?
E isso dói-te.
E isso dói-me.
O que construo com as mãos esvai-se em segundos.
Fui-te real, não imaginado. 
E agora sou uma ilusão.
E agora sou uma decepção.
E a cada dia desço, caio aos trambolhões, pelas escadas do patamar onde me colocaste.
E agora continuo a tentar fazer tudo bem mas, ao fim do dia, deito-me a chorar.
E amanhã é um novo dia.
E amanhã vou tentar novamente.
Desculpa-me.
Não chores.
Amanhã tento novamente.
E novamente me vou afastar desse patamar.
E novamente vou fazer tudo mal.
Mas ainda vou continuar a tentar.
Desculpa-me.
Não chores.
Amanhã tento novamente.

Exagerado?

Bloody dolls with cute puppets






"The Blood Show" por Paco Peregrín









Pinturas de Mark Ryden