José e Maria: Transitados!

Contra a esperança de muitos, sempre me pareceu que a manifestação de ontem não ia dar em grande coisa. Pois claro! Estamos em Portugal, o que mais se poderia esperar?
Não me apeteceu gritar, uivar frases de guerra, cantar lemas contra a ministra e seu superior. Ontem foi uma tarde de união, força, grandeza mas uma tarde triste, de luto.
Esta gente do poder é tacanha, tapada, viciada e só se ouve a ela mesma. Do seu pedestal olham para baixo com certezas que são só as deles. Argumentam sem conhecimento de causa, sem saber o que, realmente, se está a passar no ensino, nas escolas... Estamos a alimentar um monstro, essa é a verdade. E isso é tão assustador. Trata-se do futuro de um país, será que é assim tão difícil aqueles mentecaptos entenderem?
Minutos atrás o Sr. Sócrates (para o qual não consigo já olhar ou ouvir), com aquele seu sorriso nojento artificial, escapando-se sempre às questões directas dos jornalistas, falando para o país (no fundo para ele mesmo e para os seus), a modos como que numa redoma de vidro cheia de frases feitas e repetitivas, disse que vai, obviamente, manter a Sra. Ministra da Educação no cargo porque não importa a força da quantidade (100000 professores na rua a manifestarem-se) mas sim a força da razão. A questão é:
Qual razão?
Senhor Ministro, tenha vergonha! Tenho juízo! Não sorria para as câmaras. Isto não tem mesmo graça nenhuma. É de uma gravidade imensa. Já que tem o discurso decorado e cego, já que os, pelo menos, 100000 professores são burrinhos e não entenderam ainda o seu ponto de vista iluminado e fabuloso, ao menos informe-se de coisas simples, ao menos isso. Sabe, não é "conselho directivo", não é "escola primária", não é "ensino acompanhado".
O Senhor é causa e reflexo deste ensino. Mesmo não sabendo o básico, mesmo andando em torno do que não interessa, do que não faz qualquer sentido, lá vai passado, transitando, andando e sorrindo.
Ontem, um imenso conselho de turma, tentou chumbá-lo e si e à sua coleguinha de turma mas, claro, não conseguiu.

5 comentários:

Anónimo disse...

Eu já estou numa de inconsequência absoluta e por mim, o braço-de-ferro mantém-se até à exaustão. O meu ódio por este Governo é, neste momento, incompreensível ... da minha parte já não descanso se tiver o apoio de todos os docentes do país numa união cada vez mais forte. Já só me satisfaço se eles caírem ... quero este Governo de mentecpatos no chão.
Como referi, esta classe representa mais de 1% da populãção portuguesa, somos inclusive a base estruturante da Sociedade. Cabe-nos demonstrar isso mesmo e contra a vontade deste Governo de maioria. Cabe-nos deitar este Governo ao chão ...

Basicamente creio que não consegues supôr sequer o meu ódio por estes tipos ... isto continua-me a tirar o sono.

Continuarei a participar em todas as manifestações e se for organizada uma greve de uma semana,ou por exemplo, nas avaliações do 3ºperíodo, clarei que farei ... quero acabr com esta raça

Anónimo disse...

Espero que estejas enganado, que resulte em algo a manifestação e indignação dos professores.

O Sócrates e a ministra estão cegos, mesmo quem está fora do ensino e estiver atento vê que eles não sabem do que falam.

Uma vergonha mesmo.

Anónimo disse...

A frase final diz tudo. Chumbados os dois.

Anónimo disse...

Eu ainda tenho alguma esperança, alguma.

Também vi a entrevista rápida dele e fiquei cheia de nervos com tantos disparates proferidos como se fossem grandes verdades. Não sabe do que fala.

E é isso mesmo, está-se a criar um monstro, um grande monstro.

TheTalesMaker disse...

Tudo isto é o resultado de um Governante que também não passou pelo sistema normal de ensino. Quem não se recorda da história da sua famosa licenciatura?
Como a educação nunca foi do seu interesse, passa a mesma política de vida para a política nacional.
Enfim
:(