You're moving on

"You're moving on,
you're going to a bigger world.
You're moving on,
you're ready for the universe.

You're moving on to God know's where,
to send me a postcard when you're there.
Will i remember? What would i say?
- The weather is nice today."

Adivinha

"Comé qui é pessoal?"
Vamos lá a isto, uma adivinhazinha gira para alegrar:
Qual é a profissão, qual é, em que uma pessoa não pode ter "Excelente" na sua avaliação de um ano inteiro só porque chegou um dia, por qualquer motivo, atrasado 5 minutos?
Vamos lá pensar!
Vá... não é uma anedota, é uma adivinha. Claro que tem lógica, claro que é aceitável, claro que existe uma profissão assim. Vamos lá pensar um "cadinho", vá!
Pois é. A "puta" da 2ª circular, por exemplo, é motivo para se ficar num engarrafamento e, como tal, levar falta ao primeiro tempo lectivo. Resultado: Pronto, o seu carro não tem asas, o senhor professor chegou atrasado e, portanto, teve falta. É a vida! Não sabe que gente superior, gente pensante e dotada assim o acha? Se eles acham que tem lógica é porque tem, ouviu? Você é um mero professorzeco, sabe lá! Isto é o resultado de um longo, intenso e apurado estudo no âmbito das Ciências da Educação. Laaaaaamento, o carimbo a vermelho no livro de ponto já lá esta. Chegasse a horas! Agora já não há nada a fazer, paciência. Está lá a vermelho, é a prova de que já não é um excelente professor! Atrasou-se, a funcionária tem ordens para carimbar e pronto. Um excelente professor não chega atrasado nunca, ai! É tudo uma questão de lógica e bom senso!
Vá, se posteriormente quiser ser um excelente docente, deixe-se de merdas e trate já de, por exemplo:
1- Colocar asas no carro para passar por cima de todos os outros que, imagine-se, ousem estar na estrada à mesma hora.
2- Colocar asas substitutas, convém. É que um desgraçado qualquer, à hora que você se desloca para a escola, pode resolver ter um acidente e empatar ainda mais o trânsito.
3- Se insistir em fazer 50 km de carro e, armado em fino, não se quiser deslocar a pé, então aconselho-o a que todas as noites varra a estrada, tape todos os seus buracos, para que nenhum pneu do seu carro, ou de outro, fure. Vá, pense nisso. Os professores não fazem nada, não mexem a peida para nada, calões, vá a pé para a escola. Não sabe que o combustível está caro? Depois não se queixe. Seja adepto do slogan "Mexa-se, será um excelente professor!"
4- Alugar, imediatamente, um apartamento junto à escola, de preferência sem estrada para atravessar, num rés-do-chão, porque o elevador pode avariar numa das manhãs ou, quem sabe, pode cair escadas abaixo. Que maçada! E aos fins-de-semana é de evitar ir visitar os familiares, o marido ou mulher, o namorado ou namorada, os filhos... não se esqueça que no regresso pode acontecer alguma desgraçeira.
5- Não tem dinheiro para alugar uma segunda casa? Está já a pagar outra, a sua? Quem manda? O que é que o ministério tem a ver com isso? Os professores não ganham mal, ora essa! Venda já a sua casa, olha que coisa! Agora é a altura ideal para vender casas, não sabe disso?
6- Divorcie-se, entregue os seus filhos para adopção. Só terá vantagens! Não se esqueça que a sua vida são os filhos dos outros, são esses que gerem a sua vida, são esses que de si tiram tripas e coração para transitá-los. Chumbar? Qué lá isso?
Vá, que parvoíce tão grande, filhos? Para quê ter os seus!? Seja moderno, evolua. A taxa de natalidade quer-se a aumentar mas deixe lá que os outros tratem disso. Esses que tenham muitos gaiatos, você é pago para cuidar deles e passá-los, não para ter os seus. Ter os seus já é um bocadinho de abuso, não lhe parece? Não vê que os miúdos podem vomitar de manhã e depois já viu a chatice que é ter de ir a correr dar aula e deixar o miúdo todo vomitado em casa? E se ele acordar com dor de cabeça? Já viu que não pode ficar com ele em casa nem uma meia horazinha? Dói-lhe a cabeça, a garganta, a barriguinha...? Deixe-o aos gritos sozinho em casa e corra, corra muito porque o toque está quase a dar. Cuidado, atenção, não caia, não deixe que nada se lhe atravesse à frente. Rápido, o carimbo vermelho está a descer em direcção ao papel. O seu ano lectivo está absolutamente em risco. Porque raio o miúdo não engoliu o vomitado? Porque é que sequer lhe deu o pequeno almoço?
Corra para a escola, deixe tudo e todos para trás! Ou então corra noutra direcção. Corra para o médico. Ao mínimo lamento do pequenote, um espirro, uma agudíssima dor na ponta da unha, vá logo a correr para o médico. É urgente um atestado. Use e abuse deles! Assim tudo bem, tudo contente. Afinal, seriedade e honestidade acima de tudo. Vá, para ser um professor excelente justifique tudo com idas ao médico. Vá imenso ao médico, não deixe é que nada o atrase. Os pais não apreciam, a ministra odeia e você, temos pena, deixa, ali mesmo, naquele instante, de ser um excelente profissional.

Mexa-se, corra, bata, voe, abandone, mude-se, largue tudo e todos, altere o movimento de rotação da Terra se for preciso mas, por favor, respeite a profissão e os superiores que consigo tanto se têm preocupado. Se quer ter excelente, não se atreva, por nada de nada, a faltar! É um mínimo que se pode pedir, cambada de calões!

Mas por que carga de água é que estes professores complicam tudo? Então não sabem que nas outras profissões as pessoas também são avaliadas? Que coisa!

Sweet About Me

Pois, parece que esta jovenzinha de 16 anos promete... deixa lá ver...


(Gabriella Cilmi)

"Sweet about me... Nothing sweet about me."

My sweet Sis.

Poucas coisas custam tanto como ver chorar quem amamos.

Sis, não te esqueças, agarra-te a isto:

You don't wanna hear,
You don't wanna know,
Please, don't let him say he's sorry.
You know you've heard it all before,
And you can't take it anymore.

He doesn't deserve your tears
Above all, you don't deserve those tears your crying.
I know it hurts,
It hurts so, so bad.
But he is destroying you.
Don't let him tear you down apart.
Please, don't.

Love you, my sweet Sis.

É isto, é aquilo... but...

... this guy is so hot!







(David Beckham)

Get Stupid vs Let's go.

Who is the master? And who is the slave?

Tick, tock, tick, tock, tick, tock...

GET STUPID! GET STUPID! GET STUPID!

Get up, it's time... your life, your world.
Get up, it's time... your life, your choice.
It's time for you read the signs.
You'r world... your choice.
You don't have the luxury of time.

You've got to say this on your mind.
The time is now.
If you wait too long it'll be too late.

LET'S GO! LET'S GO! LET'S GO!

The time is right now.
You've got to decide.

THERE AIN'T NO TIME TO LOSE!

Foi ontem, foi ontem que tudo parou

E depois de longa espera chegaram os momentos altos tão esperados...

E foi assim que tudo começou:


value="http://www.youtube.com/v/qd4Su5qmf1o&hl=en&fs=1">
value="http://www.youtube.com/v/Ia2OkrWNmzE&hl=en&fs=1">
value="http://www.youtube.com/v/3vfLvZCdT9g&hl=en&fs=1">
(Robyn)

A moça tem uns videos engraçados, disso não há dúvidas.

Poor me.






Poor is the man who didn't have the pleasure i felt last night.
Poor the ones who didn't enjoy something like that.
Poorer the ones who were far away from the stage.
Even poorer the others who refuse to see her alive like i saw her yesterday.
Poor me for saying: Madonna, you make so happy.
You said: "You must love me". I say: Yes, i do.
"Even the devil wouldn't recognize you". I do.

O torpedo maldito, pegajoso e amargo. F*** you Madonna!

Que decepção ontem à noite! A sério, pagar-se tanto para aquilo! Tantas horas de espera, escaldões e indisposições soalheiras para aquilo? Que valente decepção! Tirando aqui ou ali uma ou outra coisita boa, de resto: baaaaah!

Que horror, não cantou o "Like a Virgin". Como é possível? Que falha imperdoável vir-se do Porto, de Gondomar ou Mirandela e não ouvir o "Like a Virgin". A autêntica destruição de um sonho. Como é que ela se atreveu a não cantar o "Like a Virgin"? (E então? Já não se aguenta e já não faz grande sentido nos dias de hoje uma música assim. Isto é uma tour, não uma sessão de discos pedidos de êxitos antigos fora de contexto).

No "Hung Up" nem houve dançarinos como na última tour, essa sim, fenomenal. Ela nem dançou ao som do tema (E...? Ainda não estão fartos da coreografia que já se sabe de cor? Porquê repetir o que nos últimos 3 anos já foi visto mil vezes na tv e em dvd?)

Ela já não é original (Pois claro que não. Aquilo foi de uma banalidade monocórdica de início ao fim. Sempre o mesmo e ainda por cima igual a todos os outros concertos de todos os outros artistas. Até parece cópia, não? E ainda por cima já não vai para nova, já não simula actividades masturbatórias em palco, que tristeza! Pois, habituou-nos mal desde há muitos anos e agora quer-se mais do que dificilmente se pode superar e que está a anos luz de qualquer outro espectáculo. Vá lá senhora, para a próxima atira-te de um avião, corta os pulsos, goza com a Madre Teresa, elogia o Bush, aparece vestida de astronauta, canta um folclore minhoto, faz uma pega de frente ao touro, qualquer coisa mais animada e diferente. Ai, ai, ai que chatice, sempre tão repetitiva, monótona e sem estética alguma).

Durou pouco tempo (Sim, com 50 anos, praticamente 2 horas sem parar, a um ritmo alucinante, é pouco tempo, pois. De facto porque é que ela não demora mais tempo a mudar de roupa como fazem as outras? Assim o concerto sempre durava mais uma meia hora e sentia-se que o dinheiro era mais bem empregue. Mais tempo, mais tempo, please, give us more time! Como é que ousas cansar-te, criatura? A barreira das 2 horas é fundamental para qualquer concerto valer a pena, não sabes disso oh loira? Para a próxima vê lá se fazes mais pausas e abrandas o ritmo, mulher. A coisa dura mais tempo e o povo fica mais contente.)

É a fórmula do costume com 4 partes e videos políticos críticos pelo meio enquanto ela muda de roupa (E então? a fórmula não resulta? Há outra melhor? Então qual é? Expliquem lá à senhora como é que ela deveria fazer porque ela não percebe nada do assunto. Vá, nada de mensagens políticas, preocupações ambientais e coisas que tais. É um concerto, ora! Que é lá isso a tentar abrir os olhos às massas? Nada de partes distintas, nada de mensagens, sua abusada! Há que ser diva, fútil, básica e tontinha, não sabes? E para quê sair do palco para mudar de trajes? Salta-se à corda, canta-se o "Vogue", ciganadas e Rays of Lights tudo com a mesma roupita suada, pois então! E colocar videos entre as partes do concerto? Que parvoíce tão grande! É muito melhor esperar sem som, sem imagens, sem mensagens, sem nada. Então, a menina está parva ou quê?)

Cantou muitos temas sozinha em palco (E então? Poupem-me! Se está sozinha é porque está sozinha, se tem muito aparato à volta é porque não aguenta o espectáculo sozinha e precisa de dançarinos... decidam-se!).

É antipática (Sim, o que ali se viu foi uma autêntica besta snob em palco, uma trombuta feiosa de primeira apanha que não sorriu, não puxou por ninguém. Diria mesmo um plástico ambulante. Foi nítido um enorme frete vindo da mulher. Creio até que ela foi obrigada a fazer mais uma tour de meses à volta do mundo, coitada. Ela não queria, ela não gosta mas viu-se obrigada, talvez por questões financeiras. Ali se viu uma chateada cinquentona aborrecida. As pessoas foram vê-la por pena, cantaram, gritaram e aplaudiram por respeito à idade avançada, parece-me).

Não houve encore (E então? Tem de haver? Então a fórmula agora afinal já tem de ser igual à de todos os outros? Agora já se é diferente e original? Mas que raio, ninguém explicou ainda à senhora que pode fazer o mesmo que os outros todos fazem nos concertos? Ela ainda não aprendeu como se faz? Irra que é artificial, fabricada, antipática, mal feitona, não canta o "Like a Virgin" e ainda por cima é burra! Mulher,, para a próxima vê lá se acabas 3 temas antes, sais do palco, pões tudo doido às escuras a gritar por ti uns 5 ou 10 minutos para dar aquele impacte, até aproveitas esse tempo para descansar e beber uma aguinha da Cabala e depois de dares uns beijinhos aos filhos e retocares as rugas voltas ao palco, de forma perfeitamente natural, dando a entender que só voltaste porque nós gritámos muito e, de forma nada estudada, cantas mais temas finais... assim já havia encore, já era como todos os outros e já todos ficavam contentes. Mostravas mais simpatia e respeito pelo público, sabias sua mal encaradona? Seria tudo tão, mas tão, natural como os outros grandes artistas fazem. Aprende oh!)

Houve muita guitarrada e "rockalhada" (Pois, se é muito pop e computorizado é muito comercial, artificial e fabricado, se há guitarradas é barulho a mais e pouco movimentado. "Eu paguei para vê-la coçar a senaita, não foi para coçar a guitarra em frente a um microfone).

Alterou a maioria das músicas (Se for igual aos cd's é udo igual, aborrecido e uma total falta de originalidade, se altera e dá cara nova às músicas, pronto, atrapalha tudo. Ah, mas espera, ela não é original!)

As roupas eram pouco vistosas (Sim, porque não pedir umas plumas e lantejoulas e uns vestidos hollywoodescos travados qual divas Beyoncé, Dion, Carey ou uma qualquer traveca colorida que mexe a boca ao som de espanholada? Oh mulher, então que trapos eram aqueles? Óculos de plástico? Calçonitos desportivos? Vestidinho de hippie aciganado? Tão pobrezinha, sem um vestidinho glamouroso de cauda, nem uma saia travada sequer? Uns saltos vermelhos ao menos, não? Para a próxima já sabes. Pergunta à Kylie, ela explica-te como usar penas, crinas brilhantes e vestidos de gaja ao jeito do carnaval do Rio. Então arrastas os gays para o concerto e vestes aquelas porcarias sem graçola nenhuma? Bixa que é bixa quer grandes vestimentas, grandes trajes longos a roçar o chão do palco, mini saias a mostrar a tranca e muita purpurina pela cara e corpo, nada daquilo. E aquela coisa negra em cima do piano? Foi para te esconder as rugas e o feio trombil? Aquilo veio da Idade Média ou quê?)




Bem...
...Ou foi porque estive mesmo ali bem perto e a grande maioria viu o pouco que viu pelo canudo (A Bela Vista não é, de facto, indicado para tanta gente. Tem muito espaço mas isso não é sinónimo de visibilidade. Quem estava mais afastado, e eram muitos, não deve ter visto um boi e isso é absolutamente lamentável. Eu ia ficar completamente fulo, irritado, pior do que estragado e, acima de tudo, tristíssimo)...
...Ou porque vi o espectáculo ontem pela segunda vez e consegui estar bem mais atento a tudo o que me havia escapado dias antes (coreografias, sons, passagens, vozes, cenários, imagens, contextos, mensagens, sequências, etc.) tendo absorvido, entendido e vivido tudo melhor e mais intensamente...
...Ou porque as pessoas esperam algo de sobre-humano vindo de uma mulher (pasme-se, humana) que já há muito provou o que tinha a provar e, ainda assim, faz espectáculos únicos como mais ninguém...
...Ou porque as pessoas são imensamente iluminadas e têm ideias geniais para concertos, tão há frente e bem melhores...
...Ou então, pronto, porque então muitas pessoas não viram, de facto, o mesmo que eu vi ali tão perto.
Mas, ainda assim, por muito longe que estivessem, por muito que queiram pegar em tudo e mais 7 chaves para dizer mal, por amor de uma santa, do papa, de cristo, de quem quiserem, fanatismos à parte, desde há muitos e muitos anos que não há no mundo mais nada assim como os espectáculos que esta mulher faz! Não se pode agradar a gregos e a troianos, é um facto. E agradar a milhares e milhares que já viram e os muitos mais que ainda vão ver esta tour é tarefa completamente impossível mas... Poupem-me!




Portanto(s), os decepcionados, os que até se limitam a utilizar adjectivos como "giro, engraçado, bonzinho", os que já tanto escreveram a dizer mal quase até de cada ponta de cabelo da mulher... têm bom remédio: não comprem mais tarde o DVD do concerto e nunca mais a vão ver, muitos dos que não conseguiram bilhetes agradecem imenso. Se não é bom, se tem tantas coisas más, se é decepcionante, porque é que insistem? Não se entende. Será alguma nova prática masoquista que desconheço? Será a esperança de que a mulher se transforme nalgum animal viscoso ou extra-terrestre em palco? Terão orgasmos seguidos a apontar num caderninho tudo e mais umas botas? Será o prazer de deitar abaixo? O gostinho de dizer mal? É que se dizem mal de espectáculos destes então vão dizer bem de quais deste género? Pois... oops, não há nada deste género, essa é a questão.
Vá, para a próxima poupem-se, não vão lá. Os apertaditos da frente agradecem, os muitos e muito tristes lá de trás ainda mais, poupam dinheirinho, não perdem horas preciosas em filas para comprar bilhetes, para entrar e para sair de algo tão criticável e sugiro irem apanhar "solinho" do bom para a praia que é tão melhor em vez de esturricarem na fila de entrada. Porquê insistir!?
A culpa disto só pode ser mesmo daquela velhota sem grande valor. Habituou-nos muito mal, a acharmos que ela tem de ser sobrenatural e pronto, depois faz aquela desgraça sem jeiteira nenhuma, aquela a que ontem se assistiu. F*** you, Madonna!




Sim, sou fã (perante fanatismos como os sei que há por ela, até sou um fã algo comedido e realista) e isto pode ser conversa de fanático irritado com algumas coisas que já leu e ouviu, incrédulo com a forma como se minimiza e até se menospreza algo de tão grandioso, mas tenho um mínimo de capacidade de análise e sei bem dizer mal deste ou daquele aspecto. Sou fã mas não sou viciado nem cego. Sou fã mas sei apontar o melhor e o pior na senhora sem grandes problemas. Sou fã e não acho que este seja o melhor show dela. Sou fã e considero que houve demasiadas músicas do novo álbum (para mim o pior dela). Sou fã e não adorei algumas coisas. Sou fã e eu próprio senti muita pena de quem estava a centenas de metros do palco. Sou fã e achei indecente não terem segurado aqueles dois ecrãs gigantes, sempre a balouçar com o vento, única hipótese de muitos verem alguma coisa. Mas deixem-se de m*****, a mulher é soberba e sabe bem o que faz. E tudo é muito, muito bem feito. Com meio século de vida tem uma energia, uma presença e um perfeccionismio absolutamente descomunais e invejáveis!
Cantei, gritei, vibrei, arrepiei, chorei, só não pulei mais porque não tinha espaço. E sim, adorei, adorei e adorei. O início barulhento em que tudo se desmonta e movimenta formando as telas no palco, a entrada do carro, o pugilismo absolutamente perfeito ao som da música, o saltar à corda e dançar ao mesmo tempo, as roupas de menina sweet e rebelde, o "Vogue" mais descontraído, misturado e alternativo, o "Like a Prayer" alternativo eelectrónico, os simpáticos ciganos, a saída de um quase real comboio, o brincar com ela mesma, com a sua idade algo avançada, o "Get Stupid" altamente crítico e ferino, o lindíssimo momento "You must Love me", a ausência de muitos dançarinos para acompanhar o "Ray of light" e noutros momentos que assim se previam cheios de gente em palco, o maravilhoso e surreal cenário do "Even the devil wouldn't recognize you", os dois excelentes japoneses, os dançarinos coordenadíssimos, o espanhol divertido, as guitarradas quase ensurdecedoras, ela sozinha em palco com o microfone à frente sem necessidade de exageros, a adesão do público que me rodeava, aquelas pernas extraordinariamente notáveis, aquele sorriso lindíssimo de mulher adulta mas, por vezes, tão menina, aqueles olhos enormes brilhantes, aquela franjinha, a luz que vem daquela mulher.
Madge, thank's again for the moment.


Disturbia

She's coming... again

"O concerto de Madonna vai pagar a recuperação da escola nº 9 de Marvila, em Lisboa.
O vereador José Sá Verdades adiantou ontem que, além dos 109 mil euros de taxas municipais cobrados pela utilização do Parque da Bela Vista, no próximo dia 14 de Setembro, a organização do espectáculo decidiu ofertar à autarquia mais 30 mil euros que vão ser utilizados na obra.
Ontem a Everything Is New explicou que a passagem da Sticky & Sweet Tour de Madonna por Portugal é o maior espectáculo de um artista alguma vez realizado no país e que as infraestruturas são algo de nunca visto.
Álvaro Covões, cabeça da organização, revelou ainda que Madonna vai actuar a 45 centímetros do chão para estar à altura das pessoas."
(TVNET)













Ur So Gay


(Katy Perry)

João/Jeremy

João. 13 anos. O Bobo da corte da turma C do 7º ano. Agora terá, certamente, o mesmo papel no 8º. Capacidades não lhe faltam mas as negativas abundaram durante todo o ano escolar. Prevê-se o mesmo a partir da próxima semana, numa turma que acompanha, sem aproveitamente, para não se perder de vez.
Há 2 anos a mãe deixou-o em casa de uma prima de 25 anos, uma jovem a receber o ordenado mínimo e na esperança de emigrar para uma vida melhor. A mãe disse ao João que ele ficaria com a prima 2 dias porque ela ia passar o fim-de-semana fora. Não voltou no domingo à noite, não voltou na segunda, nem na terça, nem na semana seguinte. 2 dias que se transformaram já em 2 anos. 2 anos a viver na Holanda. 2 anos da vida do João sem a mãe. 2 anos com uma prima que dele cuida mas que vê nele o empecilho para poder saltar para o sonhado estrangeiro. João viu-se sem mãe, a prima sem o sonho.

- Então João, por aqui sozinho? Estás bom?
- Ya stôr. Ninguém quis cá vir comigo, nem sei quando é que vem cá o resto da turma. Sabe se já veio cá alguém ver os horários?
- Hoje de manhã vi aí uns 3 ou 4, mais nada. Não te preocupes, tens tempo de estar com eles todos.
- Pois. E o stôr, as férias foram fixes?
- Foram João, obrigado.
- O stôr este ano vai ser meu stôr?
- Sim. Ainda não viste o horário? Está ali afixado e tem o nome dos professores.
- Vejo depois. O stôr deve estar chateado por isso, né?
- Pelo quê?
- Então... aturar-me outra vez. Pensava que nenhum stôr queria ficar comigo outra vez.
- Oh rapaz, que disparate. Pronto eu aturo-te a ti e tu aturas-me a mim, ora! E em relação aos outros professores o mesmo.
- A sério? O stôr gosta de mim?
- Por que raio não haveria de gostar, rapaz. Tu às vezes és uma pequena peste, sabes bem, mas és bom rapaz e este ano ainda vais ser melhor. João... este ano não te quero com carradas de negativas, ouviste?
- Pois, eu sei. Mas sabe...
- Eu sei João, eu sei. Mas um esforçozinho também é bom. Pode ser?
- Pois.
- E essas férias?
- Foram fixes.
- Ainda bem.
- A minha prima foi para aí uns 15 dias com o namorado para o Algarve e eu fiquei sozinho em casa. Bué fixe, né? A casa só para mim...
- Sozinho, João? Mas...
- Ah, não se preocupe... há noite é que eu ficava um bocado triste sozinho em casa mas ela deixou-me dinheiro e quando acabou ia jantar a casa do Henrique. Comia com eles à mesa e tudo. Com o pai dele, com a mãe...
- Oh João... mas a tua prima não te deixou comer?
- Deixou umas cenas lá no frigorífico e dinheiro. Foi bué da fixe, comprei cenas... gomas, bolos e outras cenas.
- Que cenas, rapaz?
- (riso culpado)
- Mas a tua prima já voltou?
- Ya... e ficou bué lixada só porque eu levei para lá uns rapazes da minha rua. Só se partiram umas coisas e poucas. A minha prima pensa que é minha mãe, olha! Gritou bués comigo e tudo.
- João... e a tua mãe tem telefonado?
- Ah ela agora tá cá em Portugal.
- Está? Ainda bem.
- Ya, desde Junho... acho que tá no Porto.
- E estiveste lá com ela?
- Não, ela tá cá mas não teve tempo para me ver.
- Não?
- Ainda não. Acho que ela tá quase a ir embora outra vez e diz que se tiver tempo deve passar cá para me ver. Quem me dera que ela apanhe o avião em Lisboa porque assim vou ver se vou lá ter ao aeroporto. Gostava era de ir com ela ou que ela ficasse cá.
- ...
- O stôr sabe como é que se vai para o aeroporto? E sabe o preço do comboio?

Para o João e outros como ele:

(Queria aqui colocar o fabuloso video deste tema mas não consegui. Fica uma versão unplugged. Interessa a mensagem.)

(Pearl Jam - Jeremy)

Black

Aos 20's eu adorava estes tipos. Adorava as músicas fortes, as baladas, o estilo "outsider", a presença do Eddie Veder e a voz, esta voz.
Eu e o meu irmão ficávamos horas a ouvir os álbuns. Chorava a ouvir a parte final deste tema. Ao vivo no Restelo e em Cascais foi uma coisa...

(Pearl Jam - Black)

"I know someday you'll have a beautiful life,
I know you'll be a sun in somebody else's sky, but why
Why, why can't it be, why can't it be mine..."

Immortality


(Pearl Jam - Immortality)

Praga e Amesterdão. Foi tão bom!

Foram umas férias excelentes. Eu e meu Brother E em Praga e Amesterdão. Não me apetece minimamente tecer aqui grandes comentários sobre as mesmas. Ia demorar horas e horas e nunca, por nunca ser, ia fazer justiça ao que observámos, vivemos, sentimos, presenciámos. Dias cobertos de cansaço, mas aquele cansaço bom de quem está fora e quer fundir-se em realidades que não as suas. Valeu tanto a pena.

Praga (26 a 28 de Agosto) - Vive muito em função do turismo mas entende-se porquê. Até as ruas secundárias e menos importantes são de uma imponência e dignidade incríveis. Cidade lindíssima de tirar o fôlego, lindíssima com gente de aspecto antagónico à maravilha paisagística. Tirando aqui ou ali, os preços não são a exorbitância amplamente anunciada, nada disso. A língua, inicialmente, altamente desagradável, deixou de o ser e a população são se pauta pelas "bestas" que nos avisaram ser. Desta cidade quase encantada trazemos as respectivas peles, literalmente, marcadas para sempre, como para sempre acreditamos ser a nossa amizade. O desenho, pleno de significados, foi projectado a dois e, naquela manhã de 28 do 8 de 2008, agulhas o inseriram nas nossas dermes.










Amesterdão (29 de Agosto a 3 de Setembro) - A arquitectura é linda, os pormenores memoráveis, as ruas atribuladas, sobretudo ao fim de semana, as bicicletas têm total prioridade e dominam as ruas, tal como as raças, visuais e orientações religiosas, sexuais, gostos e sacrilégios. Os canais mal descansam, as luzes correm todo o espectro electromagnético, os cheiros vão do melhor ao pior. Ali quase tudo tem lugar, o lógico e o ilógico, sem dó nem piedade, sem coros e decoros. A imundice das ruas vive paredes meias com a sofisticação. A cidade dos "pecados" mistura a inocência infantil com os desejos e fetiches mais ousados, tudo a saltar à vista. Daquela pequena capital tudo se pode esperar e viver.












(Para quem não quer ver fotos tiradas no concerto da Madonna o melhor é terminar aqui a leitura do post.)

Madonna/Sticky & Sweet Tour (2 de Setembro) - Um dos mais estranhos, atribulados, cansativos, estúpidos, ridículos, loucos dias das nossas vidas. Horas e horas de espera, em pé à chuva, pisando comida, cadeiras, roupas, plásticos, garrafas, o que se puder imaginar, por causa da doideira absurda dos holandeses. Um espectáculo deprimente antes do verdadeiro espectáculo. E o que dizer do esperado? Mais uma vez Madonna mostra que não brinca, não faz umas coisinhas, não dá uns simples concertos. Com meio século de vida, chegou lindíssima e a sensação é a de que 5 minutos depois se foi. É daquelas coisas que se tem de ver mais vezes, várias vezes, para se conseguir ver tudo, assimilar tudo, sentir tudo. A quantidade de cores, coreografias, trajes, movimentos, luzes, imagens, informações é tal que é impossível absorver metade, longe disso. Fica-se com a sensação de que quase nem lá se esteve, com a sensação de que numas prestações devíamos estar à frente onde estávamos, noutras mais afastados para uma visão de conjunto. Quem nos dera ter vários "clones" colocados em pontos estratégicos do estádio. Esperava algumas coisas diferentes, outras superaram as minhas expectativas. O meu brother (do pouco que conseguiu ver, por não ter a altura dos holandeses em frente, estupores constantemente de braços levantados com máquinas em riste) gostou bastante do que eu gostei menos. Queria tanto que ele tivesse visto como eu vi. Cantei, sorri, gritei, saltei, cantei os parabéns, chorei, emocionei-me. Momentos como "The Devil Wouldn't Recognize You" e o "You Must Love Me" estão-me cá guardados de forma inesquecível. A beleza, a presença, a postura, a dedicação, o saber fazer, a pose, o sorriso daquela mulher, sim o sorriso, são qualquer coisa. Goste-se ou não da Madonna, uma coisa é verdade absoluta (e isso custa a muitos pensar sequer em admitir): aquilo que presenciámos está a anos luz do que outros fazem, ninguém faz nada assim, ninguém dá espectáculos assim, não há mais nada assim no mundo. Madonna está num patamar muito longe de alcançar, essa é a verdade.
Não me interessa se é a melhor ou pior tour, não me interessa que se critique isto ou aquilo, pura e simplesmente porque comparações com outros não fazem grande sentido. São níveis incomparáveis. "Aqui preferia que fosse assim, ali assado, aqui foi excelente, ali faltava não sei o quê..." São pormenores perante o que é bom, muito, muito bom. pormenores perante o que ali vivi. E a isso não posso deixar de dizer sempre (sem lamechices, sem fanatismos, sem bacoquices): Obrigado Madonna.
Agora espero pelo dia 14 para, em Portugal, ver o que não vi, para observar melhor o que me escapou, para assimilar o que me falhou, para voltar aquela realidade, para juntar mais uns minutos aos 5 que senti terem decorrido. Uma coisa é certa: é um espectáculo que é necessário ver várias vezes.