Rápidos segundos
Ardem-me as mãos. Dormentes os pés de caminhar por caminhos errados cheios de um chão de cardos e rosas murchas e abandonadas. São rosas, ninguém quer saber. Estão murchas. São velhas. Caminhos de alcatrão escaldante, negro plástico, que se cola e queima. Caminhos desfeitos em mil pedaços de pedras duras e cortantes. A cabeça é mas não é a mesma. Entrou em órbita, encheu-se de uma via láctea vazia de opiniões, de certezas, de saberes. Ainda assim, cheia disso mesmo e cada vez mais. Olho à volta e vejo o que não quero ver. Ouço o que grita aos ouvidos. Sinto que está tudo a ficar louco. Mas ninguém quer saber. O coração, esse está cá. Quais são os significados das palavras? Das mais idolatradas, belas, das mais rudes e odiadas? Onde estão os sentimentos que outrora via neste e naquele? É tudo rápido. Tudo se faz, tudo se diz, nada se faz, nada se diz. E o que se sente? Os rostos, as palavras, os olhares escondem-se nas máscaras que preferia não ver. Queria ser mais ignorante, o caminho custava menos assim. Gosto de montanhas russas. Cansam-me as de segundos, quando olho este e aquele e vejo o que não queria ver. é isto, é aquilo. Acha-se isto, acha-se aquilo. Tenho fome da verdade, do sonhado, do que é real. Mas o que é real agora, deixa de o ser em segundos. E os sonhos para onde vão? O mundo não pára, mas nós temos essa capacidade. Vomito as pessoas de agora. Cuspo na estupidez dos inteligentes. Estou farto dos adjectivos e nomes nos quais o mundo insiste em viver. Sei, já há muito que aprendi esta linguagem que se alastra por aí. Conheço-a. Uso-a, que remédio. Mas não faço dela condão.
Gaga... is this the same Lady?
Está na moda, dá nas vistas, vende que se farta e parece que veio para ficar. Dizem que a miúda tem talento, que canta e dança bem, que tem um vozeirão, que é uma lufada de ar fresco, diferente do que por aí anda, que tem um look espectacular e inovador, que se cansou de compor para outras celebridades e agora compõe para ela mesma, que isto e aquilo.
A mim, inicialmente, perante os videos, irritou-me um bocado e achei tudo muito chungoso, barato e fácil. Aquelas roupas de uma piroseira incrível, os acessórios e maquilhagem altamente exagerados, o visual medonho de quenga reles... Uma mocita feiosa, com cara de rata deslavada, com ar de miúdo traveca, ordinária, vulgar, carnavalesca até à quinta casa, etc e tal...
Calhou depois ver uns excertos de umas entrevistas e, além de algumas roupas de uma originalidade absolutamente fantástica, achei a moça simpática, uma miúda com uma simplicidade, timidez e até humildade que nada têm a ver com o aspecto exageradíssimo que pretende passar.
Entretanto ouvi estas versões dos seus popularuchos temas e gostei. Não esperava mesmo. A moça surpreendeu-me.
A mim, inicialmente, perante os videos, irritou-me um bocado e achei tudo muito chungoso, barato e fácil. Aquelas roupas de uma piroseira incrível, os acessórios e maquilhagem altamente exagerados, o visual medonho de quenga reles... Uma mocita feiosa, com cara de rata deslavada, com ar de miúdo traveca, ordinária, vulgar, carnavalesca até à quinta casa, etc e tal...
Calhou depois ver uns excertos de umas entrevistas e, além de algumas roupas de uma originalidade absolutamente fantástica, achei a moça simpática, uma miúda com uma simplicidade, timidez e até humildade que nada têm a ver com o aspecto exageradíssimo que pretende passar.
Entretanto ouvi estas versões dos seus popularuchos temas e gostei. Não esperava mesmo. A moça surpreendeu-me.
Dancing, singing, smiling
Depois da dança na Liverpool Street Station, agora foi a cantoria em Trafalgar Square.
O que se faz para um anúncio de tv. E ainda bem!
O que se faz para um anúncio de tv. E ainda bem!
Pina Bausch
Jamais esquecerei a noite no CCB em que, na fila da frente, assisti e até participei num espectáculo da Pina Bausch.
Rest in peace, Pina. Thank you for that night. Thank you for all you've done.
The Queen about the King
E (re)começou a loucura da "velhota" e seus seguidores!
No O2, em Londres, onde Michael Jackson iria dar os seus concertos em breve, Madonna começou a segunda parte da sua Sticky & Sweet Tour, que terminará, daqui a meses, em Israel.
Há alterações, pois claro. Mudam umas imagens nos ecrãs. Mudam umas roupinhas aqui e ali. Sai a versão guitarrada do "Borderline" e entra o ainda mais guitarrado "Dress you up". Sai o "Heartbeat", com uma coreografia em que Ela goza com a sua própria provecta idade, e entra um alterado "Holiday". E, na parte final, hiper energética, forte e animada sai (para infelicidade de muitos), o "Hung Up" em versão roqueira e entra, imagine-se, o "Frozen", numa versão poderosa, misturado com o "Open your heart". Sim, isso mesmo.
Pensa-se: Ela tira o animadíssimo e popularíssimo "Hung up" que resulta sempre bem em palco e puxa pelo público até mais não e mete a calma, delicadeza, serenidade e misticismo de um "Frozen" no final do concerto? E ainda por cima misturado com o velhinho (e nada a ver com o género) "Open your heart"? Passou-se! Só se for para descansar um pouco, reabastecer energias para os pulos finais do concerto. Mas não, não mesmo. Deixou a guitarra de parte mas toca a dançar. Pronto, lá continua Ela com as versões e misturas mais improváveis. E, pelo que já vi e ouvi, não é que resultou e mesmo bem?
E, claro, a introdução de uma homenagem ao rei.
No O2, em Londres, onde Michael Jackson iria dar os seus concertos em breve, Madonna começou a segunda parte da sua Sticky & Sweet Tour, que terminará, daqui a meses, em Israel.
Há alterações, pois claro. Mudam umas imagens nos ecrãs. Mudam umas roupinhas aqui e ali. Sai a versão guitarrada do "Borderline" e entra o ainda mais guitarrado "Dress you up". Sai o "Heartbeat", com uma coreografia em que Ela goza com a sua própria provecta idade, e entra um alterado "Holiday". E, na parte final, hiper energética, forte e animada sai (para infelicidade de muitos), o "Hung Up" em versão roqueira e entra, imagine-se, o "Frozen", numa versão poderosa, misturado com o "Open your heart". Sim, isso mesmo.
Pensa-se: Ela tira o animadíssimo e popularíssimo "Hung up" que resulta sempre bem em palco e puxa pelo público até mais não e mete a calma, delicadeza, serenidade e misticismo de um "Frozen" no final do concerto? E ainda por cima misturado com o velhinho (e nada a ver com o género) "Open your heart"? Passou-se! Só se for para descansar um pouco, reabastecer energias para os pulos finais do concerto. Mas não, não mesmo. Deixou a guitarra de parte mas toca a dançar. Pronto, lá continua Ela com as versões e misturas mais improváveis. E, pelo que já vi e ouvi, não é que resultou e mesmo bem?
E, claro, a introdução de uma homenagem ao rei.
Parte 2
Depois de ser a pessoa que mais lucrou no mundo da música de Junho de 2008 a Junho de 2009 (a módica quantia de 110 milhões de dólares), é já amanhã, dia 4, que começará a segunda parte da Sticky & Sweet Tour. Consta que terá novidades. Entram umas músicas para substituir outras, uma delas será um novo tema, mudam alguns cenários, guarda-roupa... a ver vamos...
O DVD da primeira parte da Tour, gravado em Buenos Aires, sairá em breve e amanhã, no exacto momento em que a segunda parte arranca em Londres, o canal Sky1 irá passar o DVD.
Aqui fica um excerto.
O DVD da primeira parte da Tour, gravado em Buenos Aires, sairá em breve e amanhã, no exacto momento em que a segunda parte arranca em Londres, o canal Sky1 irá passar o DVD.
Aqui fica um excerto.
M. Jackson
Nunca fui graaaaaaaaande fã mas quando era miúdo/adolescente gostava do Michael Jackson, gostava imenso de algumas músicas e vídeos.
Depois, confesso, comecei a fartar-me do estilo. Os anos iam passando e era sempre tudo muito igual. As músicas com os seus típicos guinchos (hi...hi), as expressões habituais (shamon... ou lá o que era) pelo meio, as meias brancas, os sapatinhos e calças pretas, os casacos de chumaços e lantejoulas, o chapéu, aquele cabelo a cair num dos lados da cara, a mesma forma de dançar, sempre os mesmos passos de dança... As grandes mudanças eram físicas, não artisticamente. Aí era sempre muito do mesmo. Nunca o achei nada versátil.
Pelo menos manteve-se fiel a um estilo, dirão muitos. Isso é certo. Um estilo que o tornou num icon. Uma marca que ficará para sempre.
A verdade é que mesmo antes de atingir os 40 anos já o homem estava em baixo. Na sua última tour já caía cansado em palco, chegou a desmaiar, a cancelar concertos, etc... Sempre duvidei que fosse agora aos 50 que conseguisse regressar em força. Acho mesmo que os concertos agendados iam ser embaraçosos para ele, para muitos que compraram os bilhetes. Talvez o fim desastroso da sua carreira. Ficará sempre essa dúvida...
Tivémos a saga Lady Diana, agora a saga Lady MJ. Demais mesmo! Entrevista-se tudo e todos, sobre tudo e todos os que o rodeavam... ou não. A pele estava assim, o nariz assado, o pai era isto, as irmãs aquilo, os filhos são dele, depois não são, ele estava bem, agora estava muito mal, era maluco, era uma criança adulta porque não o foi quando pequeno, era isto e aquilo e mais não sei o quê...
E isso entranha-se. E a comunicação social é perita nisso. Os miúdos que não ligavam nenhuma ao homem, que o viam como uma figura estranha do passado, porque ele era "do tempo dos seus pais" e há anos que mal aparecia, agora esgotam os álbuns nas lojas para ouvirem muitas músicas que nem sequer sabiam existir. Gritam em frente à tv, lado a lado com os que o veneram, como se o MJ tivesse sido a coisa mais importante das suas vidas, como se fosse assim tão estranha a sua morte, como se ninguém esperasse tal coisa, como se ele fosse a Britney que os acompanha desde a escola primária... Onde é que estavam há uns anitos poucos quando o último álbum do MJ saíu? Na altura falava-se do seu regresso e foi um fiasco, ninguém ligou, mal vendeu, ninguém comprou e muitos nem deram por ele. E agora compram tudo o que tenha o seu nome.
Tirando um ou outro escândalo a propósito dos filhos, das suas taras, dos casos em tribunal, nos últimos anos mal se ouvia falar do homem, nem se sabia bem onde pairava, e agora depois de morto...
É triste a sua morte.
É triste o escarafunchar exageradíssimo da comunicação social.
É triste que agora se lembrem dele quando desde há uma década quase ninguém lhe ligava.
É triste que tenha sido preciso morrer para voltar a ter sucesso.
É triste que tenha sido preciso morrer para voltar a nascer.
Depois, confesso, comecei a fartar-me do estilo. Os anos iam passando e era sempre tudo muito igual. As músicas com os seus típicos guinchos (hi...hi), as expressões habituais (shamon... ou lá o que era) pelo meio, as meias brancas, os sapatinhos e calças pretas, os casacos de chumaços e lantejoulas, o chapéu, aquele cabelo a cair num dos lados da cara, a mesma forma de dançar, sempre os mesmos passos de dança... As grandes mudanças eram físicas, não artisticamente. Aí era sempre muito do mesmo. Nunca o achei nada versátil.
Pelo menos manteve-se fiel a um estilo, dirão muitos. Isso é certo. Um estilo que o tornou num icon. Uma marca que ficará para sempre.
A verdade é que mesmo antes de atingir os 40 anos já o homem estava em baixo. Na sua última tour já caía cansado em palco, chegou a desmaiar, a cancelar concertos, etc... Sempre duvidei que fosse agora aos 50 que conseguisse regressar em força. Acho mesmo que os concertos agendados iam ser embaraçosos para ele, para muitos que compraram os bilhetes. Talvez o fim desastroso da sua carreira. Ficará sempre essa dúvida...
Tivémos a saga Lady Diana, agora a saga Lady MJ. Demais mesmo! Entrevista-se tudo e todos, sobre tudo e todos os que o rodeavam... ou não. A pele estava assim, o nariz assado, o pai era isto, as irmãs aquilo, os filhos são dele, depois não são, ele estava bem, agora estava muito mal, era maluco, era uma criança adulta porque não o foi quando pequeno, era isto e aquilo e mais não sei o quê...
E isso entranha-se. E a comunicação social é perita nisso. Os miúdos que não ligavam nenhuma ao homem, que o viam como uma figura estranha do passado, porque ele era "do tempo dos seus pais" e há anos que mal aparecia, agora esgotam os álbuns nas lojas para ouvirem muitas músicas que nem sequer sabiam existir. Gritam em frente à tv, lado a lado com os que o veneram, como se o MJ tivesse sido a coisa mais importante das suas vidas, como se fosse assim tão estranha a sua morte, como se ninguém esperasse tal coisa, como se ele fosse a Britney que os acompanha desde a escola primária... Onde é que estavam há uns anitos poucos quando o último álbum do MJ saíu? Na altura falava-se do seu regresso e foi um fiasco, ninguém ligou, mal vendeu, ninguém comprou e muitos nem deram por ele. E agora compram tudo o que tenha o seu nome.
Tirando um ou outro escândalo a propósito dos filhos, das suas taras, dos casos em tribunal, nos últimos anos mal se ouvia falar do homem, nem se sabia bem onde pairava, e agora depois de morto...
É triste a sua morte.
É triste o escarafunchar exageradíssimo da comunicação social.
É triste que agora se lembrem dele quando desde há uma década quase ninguém lhe ligava.
É triste que tenha sido preciso morrer para voltar a ter sucesso.
É triste que tenha sido preciso morrer para voltar a nascer.
Despedidas (ou egocentrismo puro)
- Então stôr, não diz nada?
- O quê? Que foi?
- Então não vê? Estamos todos vestidos de preto.
Ali estava a explicação pela qual ele, naquele último dia de aulas, no último tempo lectivo, com a sua direcção de turma de há 2 anos, ao chegar à porta da sala de aula achou que alguma coisa estranha se passava, mas não percebia o quê. Em segundos, depois da primeira troca de palavras, percebeu.
- Então, estão de luto? Vão a algum funeral?
- Não, claro que não estamos de luto. Viemos assim porque é a sua cor preferida. Veio a turma toda assim, já viu? (risos)
- Sim stôr, estamos de luto.
- Então, estão de luto ou não?
- Sim, de luto porque o stôr se vai embora e não o vamos ter mais a ralhar connosco e a mandar vir e a explicar as cenas.
- Não acredito nisto, agora todos de preto. Odeio preto! Vá, vamos lá entrar.
- Não odeio nada, agente sabe.
Sentou-se na secretária. Eles nas suas mesas. Olhavam para ele. Olhavam uns para os outros. Ele não levantava a cabeça demorando uns 10 minutos a escrever um sumário de uma frase.
Olhou-os de relance sem saber bem para qual deles olhar.
- Então, hoje é sexta-feira, último tempo, vésperas de fim-de-semana. Não é suposto a salganhada do costume? Todos divertidinhos, agitados, com risotas parvas sem quererem saber o que é que aqui o chato está a dizer? O que é que se passa? Ai!
Continuavam em silêncio, olhavam-no e entreolhavam-se de soslaio, mostrando um ou outro sorriso embaraçado.
- Então, vá lá meninos. É o último tempo do último dia de aulas. Estão quase, quase de férias. Deviam-me era ter trazido um belo bolo por vos ter aturado 2 anos, uns sumos e coisas que vocês gostam para fazermos uma festa.
- Stôr, festa? isso não é original. A Nídia e o Apolo queriam mas o resto não quis.
- Ya, não queremos festa nenhuma! Posso sair? O stôr marca falta? Posso?
- Então, que se passa miúdo? Que irritação é essa? Mas sim ok, pode. Não, não marco falta hoje. Pode ir.
- Ricardo, senta-te! Então vais-te embora para quê? Senta-te.
- Não quero ficar aqui... não... não gosto de despedidas. Stôr, desculpe lá, vou-me embora, posso, não posso? Deixe-me lá sair. Stôr, até para o ano, vou sair.
- Oh estúpido, não sabes que o stôr não deve cá ficar paras o ano.
- É que eu não gosto disto, desta cena... isto é bué... stôr, bom fim-de-semana, boas férias e até Setembro. Fica cá para o ano, sim. Não percebo porque é que eles quiseram fazer esta cena se o stôr vai ficar connosco.
- Ok meninos, não vamos deixar o Ricardo sair sozinho. Vá, vamos todos. Já conversámos na aula passada. Já disse mal de vocês todos, um por um, seus insuportáveis desgraçadas. (risos) Hoje era mesmo para assinar o livro de ponto, despedirmo-nos e pronto. Vá, vamos lá todos embora. Não há cá despedidas, adeus e coisas assim. O Ricardo tem razão. Vocês são novos, vá vão lá para fora mais cedo aproveitar que ainda está sol.
Levantaram-se. Dirigiram-se à terceira mesa junto à janela. tiraram uma algo de um saco e, como se uma bandeja se tratasse, dirigiram-se à secretária do professor. Aqueles 4 ou 5 segundos pareceram uma procissão. Todos à volta da aluna que caminhava segurando, de forma quase solene, o objecto. Um caminhar, de segundos, alegre e, ao mesmo tempo, triste. Um cenário tão estranho, aquelas duas dezenas de miúdos vestidos de preto.
- Stôr, isto é nosso. Fizemos para si.
- ...
- ...
- Está a ver, tem a assinatura de todos.
- O desenho é uma linha, percebeu?
- Vá, leia alto o que a gente escreveu ao lado do desenho.
Rodeado dos alunos, leu baixo, só para si. Eles acompanharam tudo com o olhar. O Ricardo ficou em pé, muito vermelho, sozinho ao fundo, junto à porta da sala. Olhava para os pés que batiam um no outro como se uma bola de futebol estive a driblar.
(Quem quiser contribuir para o meu egocentrismo pode clicar para ler o texto)
- O quê? Que foi?
- Então não vê? Estamos todos vestidos de preto.
Ali estava a explicação pela qual ele, naquele último dia de aulas, no último tempo lectivo, com a sua direcção de turma de há 2 anos, ao chegar à porta da sala de aula achou que alguma coisa estranha se passava, mas não percebia o quê. Em segundos, depois da primeira troca de palavras, percebeu.
- Então, estão de luto? Vão a algum funeral?
- Não, claro que não estamos de luto. Viemos assim porque é a sua cor preferida. Veio a turma toda assim, já viu? (risos)
- Sim stôr, estamos de luto.
- Então, estão de luto ou não?
- Sim, de luto porque o stôr se vai embora e não o vamos ter mais a ralhar connosco e a mandar vir e a explicar as cenas.
- Não acredito nisto, agora todos de preto. Odeio preto! Vá, vamos lá entrar.
- Não odeio nada, agente sabe.
Sentou-se na secretária. Eles nas suas mesas. Olhavam para ele. Olhavam uns para os outros. Ele não levantava a cabeça demorando uns 10 minutos a escrever um sumário de uma frase.
Olhou-os de relance sem saber bem para qual deles olhar.
- Então, hoje é sexta-feira, último tempo, vésperas de fim-de-semana. Não é suposto a salganhada do costume? Todos divertidinhos, agitados, com risotas parvas sem quererem saber o que é que aqui o chato está a dizer? O que é que se passa? Ai!
Continuavam em silêncio, olhavam-no e entreolhavam-se de soslaio, mostrando um ou outro sorriso embaraçado.
- Então, vá lá meninos. É o último tempo do último dia de aulas. Estão quase, quase de férias. Deviam-me era ter trazido um belo bolo por vos ter aturado 2 anos, uns sumos e coisas que vocês gostam para fazermos uma festa.
- Stôr, festa? isso não é original. A Nídia e o Apolo queriam mas o resto não quis.
- Ya, não queremos festa nenhuma! Posso sair? O stôr marca falta? Posso?
- Então, que se passa miúdo? Que irritação é essa? Mas sim ok, pode. Não, não marco falta hoje. Pode ir.
- Ricardo, senta-te! Então vais-te embora para quê? Senta-te.
- Não quero ficar aqui... não... não gosto de despedidas. Stôr, desculpe lá, vou-me embora, posso, não posso? Deixe-me lá sair. Stôr, até para o ano, vou sair.
- Oh estúpido, não sabes que o stôr não deve cá ficar paras o ano.
- É que eu não gosto disto, desta cena... isto é bué... stôr, bom fim-de-semana, boas férias e até Setembro. Fica cá para o ano, sim. Não percebo porque é que eles quiseram fazer esta cena se o stôr vai ficar connosco.
- Ok meninos, não vamos deixar o Ricardo sair sozinho. Vá, vamos todos. Já conversámos na aula passada. Já disse mal de vocês todos, um por um, seus insuportáveis desgraçadas. (risos) Hoje era mesmo para assinar o livro de ponto, despedirmo-nos e pronto. Vá, vamos lá todos embora. Não há cá despedidas, adeus e coisas assim. O Ricardo tem razão. Vocês são novos, vá vão lá para fora mais cedo aproveitar que ainda está sol.
Levantaram-se. Dirigiram-se à terceira mesa junto à janela. tiraram uma algo de um saco e, como se uma bandeja se tratasse, dirigiram-se à secretária do professor. Aqueles 4 ou 5 segundos pareceram uma procissão. Todos à volta da aluna que caminhava segurando, de forma quase solene, o objecto. Um caminhar, de segundos, alegre e, ao mesmo tempo, triste. Um cenário tão estranho, aquelas duas dezenas de miúdos vestidos de preto.
- Stôr, isto é nosso. Fizemos para si.
- ...
- ...
- Está a ver, tem a assinatura de todos.
- O desenho é uma linha, percebeu?
- Vá, leia alto o que a gente escreveu ao lado do desenho.
Rodeado dos alunos, leu baixo, só para si. Eles acompanharam tudo com o olhar. O Ricardo ficou em pé, muito vermelho, sozinho ao fundo, junto à porta da sala. Olhava para os pés que batiam um no outro como se uma bola de futebol estive a driblar.
(Quem quiser contribuir para o meu egocentrismo pode clicar para ler o texto)
Fique.
Num virar de esquina que faço quase de olhos fechados, aproximei-me de carro. O que era aquilo? Não estava a acreditar no que via a uns 100 metros, abaixo daquela rampa. Será que estava a ver bem? Umas várias dezenas de miúdos, que rapidamente reconheci, à entrada da escola. Seria o que eu estava a pensar? Teriam mesmo eles tido a coragem? Comecei a tremer com o coração ao saltos. Seria mesmo? Nem queria olhar. Estacionei. Inspirei fundo, abri a porta e saí do carro enquanto o ar me saía dos pulmões de forma descompassada tal era o nervosismo.
As pernas tremiam mas lá fui. Tinha de ser. Desci a rampa e a umas dezenas de metros lá estavam.
– Stôooooor!
– Eh, stor... a gente não disse que ia fazer isto?
E gritavam uns, chamavam outros, riam uns, pulavam outros. Por ali estavam uns quantos colegas professores no canto dos fumadores habitual, outros professores que não fumam, dois ou três funcionários e uns quantos alunos curiosos que não os meus. Os funcionários sorriam divertidos, uma estava visivelmente emocionada pela atitude dos miúdos. Os colegas segredavam, sorriam e olhavam para ver a minha reacção. Qual reacção? O coração acelerava, as pernas pareciam de elástico, as mãos acompanhavam-nas no mesmo. Já rodeado de uns quantos, não conseguia dizer nada a não ser “vocês são loucos! Eu não acredito!”
Uns tocavam-me, outros tentavam abraçar, uns fotografavam, uns riam e outros gritavam eufóricos. Todos esperavam que eu reagisse. Eu estava estático.
– Stôr, veja o que fizemos.
- Gosta dos cartazes?
- Vá veja lá.
- Eu a a Mafalda fizemos este, gosta?
– Aquele ali que o Rodrigo tem foi ele e o Nuno, ah e o Rui, que fizeram.
– Vá stôrzinho, fique cá, não se vá embora.
– Stôr, fique, por favor, fique.
– Fique, fique, fique – gritavam cada vez mais alunos.
– Zé, Estás a ver o que eles fizeram? Eu já lhes expliquei que não depende de ti mas eles já foram entregar um abaixo assinado ao conselho executivo e tudo. Sabias?
– Eu já lhes tinha dito isso, eles entenderam que não depende de mim... Não acredito!
– Stôr, fique lá, agente gosta tanto de si.
- Fique!
Eu estava atónito. Havia miúdos com lágrimas nos olhos, duas alunas choravam abraçadas a outras duas de outra turma. Riam, saltavam, gritavam, uma confusão.
– Vá, vamos lá, já chega... que recepção esta. Estas criaturas são malucas! Que exagero, vá... vá lá. Olhem que vergonha que vocês me fazem passar!
– Oh Zé, eles adoram-te e quiseram fazer isto...
- É stôr, é, é, ouviu a stôra.
- E o stôr diz que não, mas adora-nos e vai ter saudades nossas.
– Vai, não vai? Diga que sim.
- Vai ter saudades minhas, não vai? De eu chateá-lo sempre nas aulas e de me chamar criaturinha...
– Claro que não vou. Vocês são péssimos, umas alminhas péssimas, uns chatos de primeira. Vai ser um alivio na sexta ver-me livre de vocês. Dois anos a aturar estes chatos!
– Ehhhh, o stôr ‘tá sempre a gozar. O stôr adora agente, não quer é dizer.
– Trata-nos mal mas agente adora!
- Stôr dê-me um beijinho, mas não é de despedida, não se vá embora.
- Olhe, fale com a ministra, diga a ela para o deixar ficar cá, não pode?
- Olhe, fiz-lhe uma prenda.
– Eu também.
– E vamos fazer um jantar da nossa turma e o stôr vai. Vão todos os stores do 8ºD e o stor tem que ir.
– Stôr, vou dançar consigo, vou, vou!
– Pronto, estragou tudo. Agora é que me deu um motivo para não ir. Dançar? No way! Eu detesto música, só barulho organizado, e detesto dançar.
– Vai dançar, vai. Agente obriga, né pessoal? A Catarina obriga-o!
- Oh Rute, anda tirar uma foto com o stôr!
- Fiz-lhe uma dedicatória, mas é só para o stôr ler, mais ninguém.
– Stôr, dê-me o seu número!
– Oh stôr, a sério, fique lá na escola pró ano. Não se vá embora.
– E na sexta-feira, na última aula do ano, o 8ºA vai-lhe fazer uma surpresa, sabia?
– Cala-te, parva, já estás a estragar tudo, não era para o stôr saber.
- Surpresa? Eu detesto surpresas, já vos disse. Qual surpresa, qual quê!
– Vai, vai... Vão, não vão, Berta?
– O stôr vai ver, vai ser ao último tempo.
– Stôr, podemos ir lá à sala ter consigo nessa hora?
– Não vão nada, somos só nós, a surpresa é da nossa turma. O stôr não é vosso DT, é nosso.
– Stôr, diga lá se não gosta dos cartazes que fizemos? Aquele da Débora, da Nádia e do João Pedro é o mais giro, não é?
– É tão giro, já leu?
– Leu?
– Vá, venha ver o nosso, a Carolina colou um pau bué grande e tudo para ficar mais alto.
– Fique, fique, fique... Gritavam novamente.
Atordoado, nervoso, olhava para eles, olhava para os meus colegas, para os funcionários e só pensava “Vou mesmo ter muitas saudades de várias destas pessoas, desta escola. Vou mesmo ter muitas saudades destes miúdos que acompanho há dois anos. Não acredito que eles fizeram mesmo isto!” A custo, engoli em seco. “Não acredito que me vou embora!”
– Stôr, vai chorar?
– Eu? Poupe-me, menina! Claro que não. Eu não choro!
– Oh stôr, claro que chora. Toda a gente chora. Eu quando vi o seu carro chegar já chorei. E olhe, o Bruno quase chorou que o Miguel bem viu, e é rapaz, veja lá.
- Vá, chega! Vamos para dentro. Que é lá isto, meninos menores de idade fora da escola. Vá, tudo para dentro!
– Oh, o porteiro deixou e a stôra de Francês disse que não fazia mal.
– O stôr ‘tá é a disfarçar para não chorar.
– Vá stôr, então vá, ria. Agente ri sempre tanto consigo.
- Lá 'tá o stôr. Vá, não faça essa cara de mau que não nos engana.
- Stôr, quer ficar com os cartazes que agente fez? Assim lembra-se de nós.
- Sim claro, e vou decorar as paredes da minha casa com todos, claro.
- Oh stôr guarde em algum lado. Quer que agente ajude?
– Mas gostou, não gostou?
– 'Tava à espera, 'tava?
– Vá stôr, agente vai consigo até à sala de professores.
– Yaaaa, bora lá todos com o stôoooor.
- Stôra, venha também.
– Stôr, agora a sério, fique cá para o ano, fique. Agente fez isto para si. Fique.
As pernas tremiam mas lá fui. Tinha de ser. Desci a rampa e a umas dezenas de metros lá estavam.
– Stôooooor!
– Eh, stor... a gente não disse que ia fazer isto?
E gritavam uns, chamavam outros, riam uns, pulavam outros. Por ali estavam uns quantos colegas professores no canto dos fumadores habitual, outros professores que não fumam, dois ou três funcionários e uns quantos alunos curiosos que não os meus. Os funcionários sorriam divertidos, uma estava visivelmente emocionada pela atitude dos miúdos. Os colegas segredavam, sorriam e olhavam para ver a minha reacção. Qual reacção? O coração acelerava, as pernas pareciam de elástico, as mãos acompanhavam-nas no mesmo. Já rodeado de uns quantos, não conseguia dizer nada a não ser “vocês são loucos! Eu não acredito!”
Uns tocavam-me, outros tentavam abraçar, uns fotografavam, uns riam e outros gritavam eufóricos. Todos esperavam que eu reagisse. Eu estava estático.
– Stôr, veja o que fizemos.
- Gosta dos cartazes?
- Vá veja lá.
- Eu a a Mafalda fizemos este, gosta?
– Aquele ali que o Rodrigo tem foi ele e o Nuno, ah e o Rui, que fizeram.
– Vá stôrzinho, fique cá, não se vá embora.
– Stôr, fique, por favor, fique.
– Fique, fique, fique – gritavam cada vez mais alunos.
– Zé, Estás a ver o que eles fizeram? Eu já lhes expliquei que não depende de ti mas eles já foram entregar um abaixo assinado ao conselho executivo e tudo. Sabias?
– Eu já lhes tinha dito isso, eles entenderam que não depende de mim... Não acredito!
– Stôr, fique lá, agente gosta tanto de si.
- Fique!
Eu estava atónito. Havia miúdos com lágrimas nos olhos, duas alunas choravam abraçadas a outras duas de outra turma. Riam, saltavam, gritavam, uma confusão.
– Vá, vamos lá, já chega... que recepção esta. Estas criaturas são malucas! Que exagero, vá... vá lá. Olhem que vergonha que vocês me fazem passar!
– Oh Zé, eles adoram-te e quiseram fazer isto...
- É stôr, é, é, ouviu a stôra.
- E o stôr diz que não, mas adora-nos e vai ter saudades nossas.
– Vai, não vai? Diga que sim.
- Vai ter saudades minhas, não vai? De eu chateá-lo sempre nas aulas e de me chamar criaturinha...
– Claro que não vou. Vocês são péssimos, umas alminhas péssimas, uns chatos de primeira. Vai ser um alivio na sexta ver-me livre de vocês. Dois anos a aturar estes chatos!
– Ehhhh, o stôr ‘tá sempre a gozar. O stôr adora agente, não quer é dizer.
– Trata-nos mal mas agente adora!
- Stôr dê-me um beijinho, mas não é de despedida, não se vá embora.
- Olhe, fale com a ministra, diga a ela para o deixar ficar cá, não pode?
- Olhe, fiz-lhe uma prenda.
– Eu também.
– E vamos fazer um jantar da nossa turma e o stôr vai. Vão todos os stores do 8ºD e o stor tem que ir.
– Stôr, vou dançar consigo, vou, vou!
– Pronto, estragou tudo. Agora é que me deu um motivo para não ir. Dançar? No way! Eu detesto música, só barulho organizado, e detesto dançar.
– Vai dançar, vai. Agente obriga, né pessoal? A Catarina obriga-o!
- Oh Rute, anda tirar uma foto com o stôr!
- Fiz-lhe uma dedicatória, mas é só para o stôr ler, mais ninguém.
– Stôr, dê-me o seu número!
– Oh stôr, a sério, fique lá na escola pró ano. Não se vá embora.
– E na sexta-feira, na última aula do ano, o 8ºA vai-lhe fazer uma surpresa, sabia?
– Cala-te, parva, já estás a estragar tudo, não era para o stôr saber.
- Surpresa? Eu detesto surpresas, já vos disse. Qual surpresa, qual quê!
– Vai, vai... Vão, não vão, Berta?
– O stôr vai ver, vai ser ao último tempo.
– Stôr, podemos ir lá à sala ter consigo nessa hora?
– Não vão nada, somos só nós, a surpresa é da nossa turma. O stôr não é vosso DT, é nosso.
– Stôr, diga lá se não gosta dos cartazes que fizemos? Aquele da Débora, da Nádia e do João Pedro é o mais giro, não é?
– É tão giro, já leu?
– Leu?
– Vá, venha ver o nosso, a Carolina colou um pau bué grande e tudo para ficar mais alto.
– Fique, fique, fique... Gritavam novamente.
Atordoado, nervoso, olhava para eles, olhava para os meus colegas, para os funcionários e só pensava “Vou mesmo ter muitas saudades de várias destas pessoas, desta escola. Vou mesmo ter muitas saudades destes miúdos que acompanho há dois anos. Não acredito que eles fizeram mesmo isto!” A custo, engoli em seco. “Não acredito que me vou embora!”
– Stôr, vai chorar?
– Eu? Poupe-me, menina! Claro que não. Eu não choro!
– Oh stôr, claro que chora. Toda a gente chora. Eu quando vi o seu carro chegar já chorei. E olhe, o Bruno quase chorou que o Miguel bem viu, e é rapaz, veja lá.
- Vá, chega! Vamos para dentro. Que é lá isto, meninos menores de idade fora da escola. Vá, tudo para dentro!
– Oh, o porteiro deixou e a stôra de Francês disse que não fazia mal.
– O stôr ‘tá é a disfarçar para não chorar.
– Vá stôr, então vá, ria. Agente ri sempre tanto consigo.
- Lá 'tá o stôr. Vá, não faça essa cara de mau que não nos engana.
- Stôr, quer ficar com os cartazes que agente fez? Assim lembra-se de nós.
- Sim claro, e vou decorar as paredes da minha casa com todos, claro.
- Oh stôr guarde em algum lado. Quer que agente ajude?
– Mas gostou, não gostou?
– 'Tava à espera, 'tava?
– Vá stôr, agente vai consigo até à sala de professores.
– Yaaaa, bora lá todos com o stôoooor.
- Stôra, venha também.
– Stôr, agora a sério, fique cá para o ano, fique. Agente fez isto para si. Fique.
Placebo always make me come undone
Buy a ticket for the train
Hide in a suitcase if you have to
This ain't no singing in the rain
This is a twister that will destroy you
You can run but you can't hide
Because no one here gets out alive
Find a friend in whom you can confide
Julien, you're a slow motion suicide
Fallen angels in the night
And every one is far from heaven
Just one more hit to make it right
But every one turns into seven
Now that's it's snowing in your brain
Even ten will not placate you
This ain't no cure for the pain
This avalanche will suffocate you
(Julien)
You don't know how you're coming across
You don't know what you're coming across
You don't know who you're coming across
You don't know how you're coming across
So you come undone
You don't know how you're coming across
Acting like you don't give a toss
Waking around like you're on some kind of cross
And its a shame on you the irony's lost
When you come undone
You come undone
You know, you come undone
You know, you know, you know
(Come Undone)
R.E.M.
Uma das melhores bandas de sempre. E, além destes, têm tantos temas perfeitos.
(Nightswimming)
(Parakeet)
(The Apologist)
(I'll take the rain)
(Nightswimming)
(Parakeet)
(The Apologist)
(I'll take the rain)
Now comes the night time after time
(Rob Thomas - Time after time)
(Rob Thomas - Now comes the night)
Perto
Não me digas nada. Não posso, não quero saber, não sei o que dizer. Se calhar sei, sei lá. Se calhar sei mas não faz sentido. Ou não sei, sei lá. Não pode ser. Não me digas nada.
"Eu não sabia que te ia encontrar aqui. Eu sei quem tu és. Gosto da tua cicatriz, gosto de tudo o que tem a ver contigo e isso faz doer."
(Closer)
"Eu não sabia que te ia encontrar aqui. Eu sei quem tu és. Gosto da tua cicatriz, gosto de tudo o que tem a ver contigo e isso faz doer."
(Closer)
Miles Away (Official)
Ninguém sabe explicar porque é que esta canção apenas chegou a algumas muito poucas rádios do mundo.
Ninguém sabe explicar porque é que este vídeo oficial (que só agora surgiu completo na net) nunca foi lançado.
Ela lá deverá saber.
Mas é pena.
Ninguém sabe explicar porque é que este vídeo oficial (que só agora surgiu completo na net) nunca foi lançado.
Ela lá deverá saber.
Mas é pena.
Hard Times
Depois de "Vulture", o primeiro single extraído do álbum "The Bachelor", surge "Hard Times", o segundo. Tal como o primeiro, este também não é o melhor tema do álbum, mas aqui fica:
(Patrick Wolf - Hard Times)
(Patrick Wolf - Hard Times)
Ursos
- Consegue ter um ar querido, tão bonito e ternurento, mas dizem que é o mamífero mais perigoso e feroz do planeta. Engana muito bem. Sabias?
- ...
- O urso polar.
- Pensei que te estavas a referir ao ser humano.
- ...
- O urso polar.
- Pensei que te estavas a referir ao ser humano.
S&S some funny and embarrassing moments
E agora que vem aí a segunda parte da "Sticky And Sweet Tour", parte essa que já vendeu 1 milhão de bilhetes e rendeu 100 milhões de dólares, ficam alguns dos vários momentos cómicos, divertidos, stressantes e embaraçosos da primeira parte. São alguns entre outros que por aí andam registados na net. Afinal, a perfeição não existe e Ela é, claro, humana.
RIT
Faz hoje 5 anos que arrancou a suposta última tournée de Madonna, Re-Invention Tour, que terminou em Portugal. E eu estive lá... duas vezes. Lembro-me tão bem do nervosismo para comprar os bilhetes, do stress, da alegria quando foram comprados.
Ela já tinha 46 anos, Ela vinha a Portugal, era o final de uma carreira em palco, eu tinha de lá estar. Depois disso já houve mais duas, a última quase, quase a iniciar a sua segunda parte.
Tal como aconteceu com a Blond Ambition Tour de 1990, não foi lançado DVD da tournée, mas sim o filme/documentário "I'm Going To Tell You a Secret". Consta que um dia será lançado e que será um dos dois concertos gravados no Pavilhão Atlântico... hope so, i was there!
(Burning Up)
(Die Another Day)
Bachelor
Está a ser tão bom, tão bom, que ainda não passei do meio do álbum. Ouço e volto atrás para ouvir outra vez. E quando decido não mexer no ipod, quando decido deixar o álbum correr, passar para as músicas seguintes... "Vá, agora é até ao fim", volto atrás para ouvir o que já ouvi e ouvi e ouvi.
Um álbum a dar continuidade à excelência anteriormente demonstrada... Este rapaz é mesmo um génio!
(Bachelor)
(Damaris - ao vivo no Heaven)
Um álbum a dar continuidade à excelência anteriormente demonstrada... Este rapaz é mesmo um génio!
(Bachelor)
(Damaris - ao vivo no Heaven)
Battle For The Sun
O anterior álbum "Meds" é um álbum negro, cláustrofóbico, neurótico - diz Brian Molko nas entrevistas.
Agora, neste "Battle For The Sun", quisemos fazer algo mais positivo, optimista, com cores - diz ele.
Sai dia 6 de Junho na Europa. Vamos lá ver as cores...
(Battle for the sun)
(For what it's worth)
Agora, neste "Battle For The Sun", quisemos fazer algo mais positivo, optimista, com cores - diz ele.
Sai dia 6 de Junho na Europa. Vamos lá ver as cores...
(Battle for the sun)
(For what it's worth)
Amália Hoje
"Amália Hoje" é um álbum que conta com a participação de elementos dos The Gift (Sónia Tavares e Nuno Gonçalves), dos Moonspell (Fernando Ribeiro) e Paulo Praça (Plaza).
"Amália Hoje" é polémico, claro. Uns acham excelente, outros abaixo da crítica. Só a ideia de tocar no intocável fado os arrepia. Ousado é com toda a certeza!
Pegar no fado, na figura máxima do fado, e fazer alterações para um estilo pop não é para todos e do agrado de todos. Poucos o conseguem, muitos o rejeitam.
Eu não gosto de fado, nunca gostei, mas gosto muito dos The Gift, sempre gostei. Por isso, estou curioso. Não sei se vou gostar do álbum, o pouco que já ouvi no site oficial não me impressionou, mas deste tema, já lançado, gosto.
(Gaivota)
Cérebro vazio
Cérebro vazio é a oficina do Diabo... E cérebro vazio é também oficina da Igreja...
Porque é que me soa ao mesmo?
Porque é que me soa ao mesmo?
No, you didn't.
- You didn't lose me. I did't lose you.
- Yes you did. I'm so sorry.
- No, i didn't lose you.
- I'm telling you... you did.
- That's what you're telling me. I don't care what you're saying. Those are your words, just words.
- So?
- Words, just that. Simple words. And you know... i'm an eyes guy.
- Yes you did. I'm so sorry.
- No, i didn't lose you.
- I'm telling you... you did.
- That's what you're telling me. I don't care what you're saying. Those are your words, just words.
- So?
- Words, just that. Simple words. And you know... i'm an eyes guy.
25 - 40
- Eu não funciono assim.
- Assim como?
- Eu não sei responder a isso assim.
- Então, mas é uma pergunta simples.
- Achas? Honestamente, acho mesmo que é uma pergunta muito complicada e com uma resposta ainda mais complicada.
- Então?
- Perguntas-me se quero que sejamos amigos. As amizades criam-se, cimentam-se, desenvolvem-se... não é decidir se duas pessoas começam a ser amigas e pronto.
- Mas eu disse-te que procuro amizades verdadeiras. É por isso que tenho páginas em vários sites da net.
- Sim, mas as pessoas não começam a falar e, de repente, decidem se vão ou não ser amigas. Não é como provar uma peça de fruta e decidir se se gosta ou não. Até isso, às vezes, não é assim fácil quanto mais duas pessoas que mal falaram. Nem na escola primária eu ia nessas cantigas do "queres ser meu amigo?" vindo de muito pouco.
- Sim, mas gostei de ti, da tua onda.
- Sabes lá tu como é a minha onda, em que onda estou no momento, se amanhã a minha onda é esta ou apanho outra...
- Oh pá mas há um feeling... e pareces mesmo ser boa onda.
- Pareço, mas não sabes isso assim. Além disso daqui a uns meses não podíamos mais ser amigos.
- Então porquê?
- Simples. No teu perfil dizes que procuras amizades, sexo e sexo em grupo com pessoas entre os 25 e os 40 anos.
- Tu tens 40, por isso...
- Sim, mas daqui a meses faço 41. Portanto deixo de interessar, já sairei desse limite. Agora interesso, depois já não.
- Oh, aquilo está lá por estar. É que não gosto muito de velhos e de putos novos.
- Isso é ridículo, desculpa. Há pessoas com 20 anos que são bem mais interessantes a vários níveis do que pessoas com 35 anos. E há pessoas com 50 anos que são bem mais fascinantes do que gente de 30. Desculpa mas acho isso dos limites de idades uma parvoíce.
- Oh pá, no fundo não ligo muito a isso das idades. E estava também a pensar na questão do sexo.
- Pior ainda. Então pessoas com 25, 30, 35, 40 anos podem ser atraentes e com 20, 23, 42 ou 50 já não são? Com um gajo de 39 ou 40 anos vais para a cama, com um de 42 já não? E em grupo... um deles tem menos de 25 e já não te interessa?
- Oh pá, pus lá aquelas idades por pôr. Não ligo mas acho que devemos estabelecer limites.
- Ah e a idade é o padrão de referência para a selecção de pessoas para se ter sexo, para amizades, o que for? Já pensaste que se me viesses a conhecer daqui a meses... eu já teria ultrapassado esse limite? Será que seria assim tão diferente do que sou hoje? Provavelmente nem te terias metido comigo por eu ter mais de 40 anos. E sabes, um dia depois, após a meia-noite, supostamente, já temos outra idade. Aí já não interessava. Escolher pessoas por limites de idades é diferente de escolher uma casa entre t1 e t3.
- Pois... oh pá, tu és muito complicado.
- Sim, talvez.
- Complicas muito.
- Sim, e então? Já não vamos ser amigos, é?
- Não queres?
- Oh rapaz, já te disse que não funciono assim. Podemos vir a ser amigos ou não.
- Pois... não sei... Eu procuro gente descontraída, que vive a vida na boa, descomplicada, sem paranóias na cabeça. Quero é curtir a vida sem pensar muito nas cenas.
- E querias tu ser meu amigo?
- Não és assim, não é?
- Umas vezes sim, outras não. Tens 37 anos, certo?
- Sim. Porquê?
- Porque aqui o complicado, quase de idade ultrapassada, acabou de provar o que te disse anteriormente.
- Não percebi...
- Que a idade das pessoas não passa de uma mera referência. As excepções são muitas e interessarmo-nos por pessoas entre X e X idade, para sexo, amizades, o que for, enfim... Já pensaste que esses teus pontos de vista há muita gente com 20 anos que os tem, outros com 45, outros com a tua idade os acham ridículos. Já pensaste que querer amizades à pressão, mal conhecendo as pessoas, e usar um critério de idades pode ser algo um bocado infantil, sem grande sentido?
- E és um bocado convencido, não és?
- Sim, sim, sou muito. Já o era aos 20, aos 30, agora aos 40. Pode ser que aos 41 já não seja. Depende da onda. Mas aí já sou cota, já não te interesso.
- És mesmo parvo, livra!
- Pronto!
- Amigos?
- Logo se vê.
- Sexo?
- Não.
- Então o quê?
- Não entendeste nada.
- Assim como?
- Eu não sei responder a isso assim.
- Então, mas é uma pergunta simples.
- Achas? Honestamente, acho mesmo que é uma pergunta muito complicada e com uma resposta ainda mais complicada.
- Então?
- Perguntas-me se quero que sejamos amigos. As amizades criam-se, cimentam-se, desenvolvem-se... não é decidir se duas pessoas começam a ser amigas e pronto.
- Mas eu disse-te que procuro amizades verdadeiras. É por isso que tenho páginas em vários sites da net.
- Sim, mas as pessoas não começam a falar e, de repente, decidem se vão ou não ser amigas. Não é como provar uma peça de fruta e decidir se se gosta ou não. Até isso, às vezes, não é assim fácil quanto mais duas pessoas que mal falaram. Nem na escola primária eu ia nessas cantigas do "queres ser meu amigo?" vindo de muito pouco.
- Sim, mas gostei de ti, da tua onda.
- Sabes lá tu como é a minha onda, em que onda estou no momento, se amanhã a minha onda é esta ou apanho outra...
- Oh pá mas há um feeling... e pareces mesmo ser boa onda.
- Pareço, mas não sabes isso assim. Além disso daqui a uns meses não podíamos mais ser amigos.
- Então porquê?
- Simples. No teu perfil dizes que procuras amizades, sexo e sexo em grupo com pessoas entre os 25 e os 40 anos.
- Tu tens 40, por isso...
- Sim, mas daqui a meses faço 41. Portanto deixo de interessar, já sairei desse limite. Agora interesso, depois já não.
- Oh, aquilo está lá por estar. É que não gosto muito de velhos e de putos novos.
- Isso é ridículo, desculpa. Há pessoas com 20 anos que são bem mais interessantes a vários níveis do que pessoas com 35 anos. E há pessoas com 50 anos que são bem mais fascinantes do que gente de 30. Desculpa mas acho isso dos limites de idades uma parvoíce.
- Oh pá, no fundo não ligo muito a isso das idades. E estava também a pensar na questão do sexo.
- Pior ainda. Então pessoas com 25, 30, 35, 40 anos podem ser atraentes e com 20, 23, 42 ou 50 já não são? Com um gajo de 39 ou 40 anos vais para a cama, com um de 42 já não? E em grupo... um deles tem menos de 25 e já não te interessa?
- Oh pá, pus lá aquelas idades por pôr. Não ligo mas acho que devemos estabelecer limites.
- Ah e a idade é o padrão de referência para a selecção de pessoas para se ter sexo, para amizades, o que for? Já pensaste que se me viesses a conhecer daqui a meses... eu já teria ultrapassado esse limite? Será que seria assim tão diferente do que sou hoje? Provavelmente nem te terias metido comigo por eu ter mais de 40 anos. E sabes, um dia depois, após a meia-noite, supostamente, já temos outra idade. Aí já não interessava. Escolher pessoas por limites de idades é diferente de escolher uma casa entre t1 e t3.
- Pois... oh pá, tu és muito complicado.
- Sim, talvez.
- Complicas muito.
- Sim, e então? Já não vamos ser amigos, é?
- Não queres?
- Oh rapaz, já te disse que não funciono assim. Podemos vir a ser amigos ou não.
- Pois... não sei... Eu procuro gente descontraída, que vive a vida na boa, descomplicada, sem paranóias na cabeça. Quero é curtir a vida sem pensar muito nas cenas.
- E querias tu ser meu amigo?
- Não és assim, não é?
- Umas vezes sim, outras não. Tens 37 anos, certo?
- Sim. Porquê?
- Porque aqui o complicado, quase de idade ultrapassada, acabou de provar o que te disse anteriormente.
- Não percebi...
- Que a idade das pessoas não passa de uma mera referência. As excepções são muitas e interessarmo-nos por pessoas entre X e X idade, para sexo, amizades, o que for, enfim... Já pensaste que esses teus pontos de vista há muita gente com 20 anos que os tem, outros com 45, outros com a tua idade os acham ridículos. Já pensaste que querer amizades à pressão, mal conhecendo as pessoas, e usar um critério de idades pode ser algo um bocado infantil, sem grande sentido?
- E és um bocado convencido, não és?
- Sim, sim, sou muito. Já o era aos 20, aos 30, agora aos 40. Pode ser que aos 41 já não seja. Depende da onda. Mas aí já sou cota, já não te interesso.
- És mesmo parvo, livra!
- Pronto!
- Amigos?
- Logo se vê.
- Sexo?
- Não.
- Então o quê?
- Não entendeste nada.
Gathering Storm???
Estou quase, quase, quase a concordar com o meu Brama quando diz que era metê-los todos encostadinhos a uma parede e zás. Adeus!
(Vídeos de uma tal National For Marriage Organization)
(Vídeos de uma tal National For Marriage Organization)
Little Miss Brainless
Mais do que este tipo de concursos, o discurso desta menina é absolutamente ridículo de início ao fim. Começa de uma fora e acaba de outra, nada tem a ver com nada e ainda recebe aplausos.
Pelos comentários que li no Youtube, a mocita tem muitos apoiantes. "...foi sincera, não disse o que ficaria bonito dizer, não deu uma resposta politicamente correcta, mostrou que tem personalidade, valores, que é inteligente, que merecia vencer por dizer o que, efectivamente, pensa, uma grande mulher..."
Felizmente, há quem tenha mais neurónios que ela e seus apoiantes e se indigne com a hipótese desta alma representar um estado, até um país.
Não sei se venceu, espero que não.
Prefiro que estas mocinhas misses-plástico-artificiais, como habitualmente, tenham as tipicas respostas politicamente correctas, do que isto. Prefiro que tenham respostas nada politicamente correctas mas que tenham lógica, respostas baseadas em discursos articulados e argumentativos. Agora isto? Isto é ser-se bonitinha na embalagem mas limitada, pequenina, acerebrada e estupidazinha no conteúdo.
Foi sincera? Tem personalidade e valores? Uau! Que espectáculo! Bravo, bravo! Pois, é assustador e triste que alguém tão novo pense, efectivamente, assim.
Coitada, ela só deu a sua opinião, não foi como as outras que dizem sempre o mesmo. Coitada mesmo. E coitados daqueles que acham o mesmo.
Grande mulher? Se este discurso mostra que esta alminha é uma grande mulher, então as mulheres que pensam um bocadinho são o quê?
A criatura explica que foi educada assim. Que linda que ela é, tadinha! A família educou-a para pensar assim e então a menina vai pensar assim para o resto da vida? Muito querida, tão ligada à família, um amor de menina. Grande personalidade a sua, sim senhora. Usa muito bem a massa cinzenta.
É inteligente? Segundo qual dicionário? Imensamente inteligente, um colosso de inteligência, na realidade. "Ainda bem que vivo num país onde as pessoas podem casar, onde há liberdade para poderem casar pessoas com pessoas do mesmo género... mas eu acho que não, acho que o casamento é entre um homem e uma mulher, fui educada assim" Tem toda a lógica. Um discurso articulado, inteligente, de valores humanos de alto nível. Uma personalidade vincada, forte, uma mulher com capacidade argumentativa e discurso perfeitamente coerente. Uma estátua já para a moça! É a prova de que estas meninas misses podem ser inteligentes para além dos sorrisos pepsodent.
Será que ela, na realidade, tem apenas 5 anos de idade e os imensos que a apoiam são os coleguinhas do parque infantil? Era bom que sim.
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